A nova dívida da Prefeitura de São José dos Campos com o IPSM (Instituto de Previdência do Servidor Municipal) atingiu R$ 155 milhões em apenas nove meses.
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O débito é referente a repasses que deixaram de ser efetuados nos meses de junho (R$ 12,1 milhões), julho (R$ 19 milhões), agosto (R$ 6,2 milhões), setembro (R$ 18,6 milhões), outubro (R$ 14,7 milhões), novembro (R$ 21,5 milhões) e dezembro (R$ 23,3 milhões) do ano passado, e janeiro (R$ 14,4 milhões) e fevereiro (R$ 21,6 milhões) desse ano, além de juros pelo atraso e correção monetária.
Questionada nessa quarta-feira (2), a Prefeitura não havia se manifestado até a publicação da reportagem. O espaço segue aberto.
Dívida.
A ausência de repasses é uma constante desde 2021, período que engloba desde a gestão do ex-prefeito Felicio Ramuth (PSD), que deixou o cargo no início de abril de 2022 e é o atual vice-governador de São Paulo, até o governo do prefeito Anderson Farias (PSD).
De janeiro a outubro de 2021, por exemplo, a Prefeitura deixou de repassar R$ 165,9 milhões ao instituto. Em junho de 2022, após aval da Câmara, foi assinado acordo para que esse montante seja pago em 20 anos.
Em janeiro de 2024 foi assinado novo acordo, dessa vez para quitar em cinco anos uma dívida de R$ 320,3 milhões referente a repasses não efetuados de novembro de 2021 a dezembro de 2023.
Juros.
Segundo a legislação municipal, quando o repasse devido não é feito no mês correspondente, o valor é acrescido de juros de 0,5% ao mês e também é corrigido pela inflação.
De acordo com levantamento feito pela reportagem, dos R$ 486 milhões que deixaram de ser repassados de 2021 a 2023, R$ 66,8 milhões são referentes a juros e correção monetária. Da dívida atual, de R$ 155 milhões, R$ 5,6 milhões são de juros e correção monetária. Ou seja, é um valor que a Prefeitura teria economizado se tivesse feito os repasses em dia.
Para efeito de comparação, com esses R$ 72,5 milhões, a Prefeitura poderia pagar a obra da ponte estaiada, que custou R$ 60,9 milhões, ou comprar 24 VLPs (Veículos Leves sobre Pneus), que são os veículos utilizados na Linha Verde - cada um custou R$ 3 milhões ao município.
Comentários
1 Comentários
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Luciano de Lima 4 dias atrásO Prefeito nunca vai assumir que não gosta de servidor público, ele tem alguma utilidade na hora das fotos para postar no Instagram em época de eleição. Fora isto não é nada mais que uma pedra no sapato durante 3 anos e meio.