Nesta segunda (31) e na terça-feira (1º) uma paralisação de motoboys acontece em diversas cidades de todo o país. É um movimento chamado "breque dos apps", que reivindica melhores condições para entregadores que prestam serviços para plataformas, como iFood, Uber e Rappi. Em Jundiaí, porém, não haverá paralisação, diferentemente de outras edições do breque, que teve adesão na cidade.
Segundo o entregador V.J.J., a categoria não teve a união necessária na cidade. "Aqui não vai ter porque os motoboys daqui não têm união. Muito modinha [sic.], só fazem entrega para lucrar um troco [sic.] para o final de semana, não é igual a nós que sobrevivemos disso. Por falta de união motoboys de Jundiaí, fica nas mãos dos apps", reclama.
O ato
Os organizadores do breque dos apps, que tem como uma das principais articuladoras a Aliança Nacional dos Entregadores por Aplicativos (Anea), anunciaram a paralisação há semanas. Nesta segunda e amanhã, diversas cidades do país terão o breque, inclusive as capitais São Paulo, Maceió, Manaus, Belém, Salvador, Fortaleza, Goiânia, Distrito Federal, Belo Horizonte, João Pessoa, Natal, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Florianópolis, Curitiba, Porto Velho, Cuiabá e São Luís.
A categoria organiza o ato para pedir melhores condições de trabalho, como reajuste da taxa de entrega de R$ 6,50 para R$ 10, aumento do valor do quilômetro rodado de R$ 1,50 para R$ 2,50, limitação de rotas de até 3 quilômetros para entregadores que usam bicicletas e pagamento por entrega feita e não por endereço, como acontece hoje, quando há mais de uma entrega no mesmo trajeto e elas não são integralmente remuneradas.