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Agressão: Professora reclama de aluno e apanha dos pais dele

Por Da Redação | Salvador
| Tempo de leitura: 2 min
Reprodução
Professora chora ao relembrar história
Professora chora ao relembrar história

Uma professora particular de 65 anos, identificada como Célia Regina, foi vítima de uma agressão violenta no bairro Resgate, em Salvador (BA), no último dia 18. Segundo relatos, o ataque partiu de familiares de um aluno de 7 anos, como retaliação após a educadora relatar problemas de comportamento da criança durante aulas de reforço.

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De acordo com a vítima, o conflito começou quando ela chamou a atenção do menino por não cumprir as atividades propostas. “Falei: ‘Você não copiou nada’. Ele respondeu com grosseria e, quando questionei como faríamos a aula, me deu um tapa no rosto”, contou Célia. A professora afirmou ter acionado a mãe do aluno, que se recusou a ouvir sua versão dos fatos. Horas depois, familiares do garoto a cercaram na rua e a agrediram fisicamente.

O caso foi registrado na Delegacia de Repressão a Crimes contra a Mulher (DECCM). A Polícia Civil informou que investiga o episódio e busca identificar os envolvidos. “Qualquer forma de violência, especialmente contra mulheres, é inaceitável. Estamos empenhados em responsabilizar os culpados”, declarou a delegada titular da unidade.

Célia, que atua há mais de 20 anos na área educacional, relatou sequelas físicas e emocionais. “Estou com medo de voltar a dar aulas”, desabafou. O caso ganhou repercussão nas redes sociais, com manifestações de apoio à professora.

Autoridades reforçam que agressões motivadas por conflitos cotidianos podem ser enquadradas como lesão corporal e ameaça, com penas previstas no Código Penal. A defensoria pública orienta vítimas a buscarem ajuda imediata e registrarem boletim de ocorrência, além de coletarem evidências, como exames médicos e testemunhas.

O episódio reacende o debate sobre a segurança de profissionais da educação e a necessidade de mediação em conflitos entre famílias e instituições de ensino. Especialistas alertam para a importância de canais de diálogo e acompanhamento psicológico em situações de confronto.

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