
Uma professora particular de 65 anos, identificada como Célia Regina, foi vítima de uma agressão violenta no bairro Resgate, em Salvador (BA), no último dia 18. Segundo relatos, o ataque partiu de familiares de um aluno de 7 anos, como retaliação após a educadora relatar problemas de comportamento da criança durante aulas de reforço.
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De acordo com a vítima, o conflito começou quando ela chamou a atenção do menino por não cumprir as atividades propostas. “Falei: ‘Você não copiou nada’. Ele respondeu com grosseria e, quando questionei como faríamos a aula, me deu um tapa no rosto”, contou Célia. A professora afirmou ter acionado a mãe do aluno, que se recusou a ouvir sua versão dos fatos. Horas depois, familiares do garoto a cercaram na rua e a agrediram fisicamente.
O caso foi registrado na Delegacia de Repressão a Crimes contra a Mulher (DECCM). A Polícia Civil informou que investiga o episódio e busca identificar os envolvidos. “Qualquer forma de violência, especialmente contra mulheres, é inaceitável. Estamos empenhados em responsabilizar os culpados”, declarou a delegada titular da unidade.
Célia, que atua há mais de 20 anos na área educacional, relatou sequelas físicas e emocionais. “Estou com medo de voltar a dar aulas”, desabafou. O caso ganhou repercussão nas redes sociais, com manifestações de apoio à professora.
Autoridades reforçam que agressões motivadas por conflitos cotidianos podem ser enquadradas como lesão corporal e ameaça, com penas previstas no Código Penal. A defensoria pública orienta vítimas a buscarem ajuda imediata e registrarem boletim de ocorrência, além de coletarem evidências, como exames médicos e testemunhas.
O episódio reacende o debate sobre a segurança de profissionais da educação e a necessidade de mediação em conflitos entre famílias e instituições de ensino. Especialistas alertam para a importância de canais de diálogo e acompanhamento psicológico em situações de confronto.