Um gesto comum em relacionamentos íntimos, o "chupão" no pescoço, pode esconder riscos graves à saúde. Embora raros, casos médicos registrados em diferentes países associam a sucção intensa na região a danos na artéria carótida — principal via de transporte de sangue do coração ao cérebro —, podendo levar à formação de coágulos e, em situações extremas, a um Acidente Vascular Cerebral (AVC).
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A dissecção da artéria carótida, lesão causada por pressão excessiva durante o ato, pode desencadear um coágulo que, ao se desprender, bloqueia o fluxo sanguíneo cerebral. Um exemplo ocorreu na Nova Zelândia: uma mulher de 44 anos teve perda de força e mobilidade no braço direito horas após receber um chupão. Exames confirmaram um AVC ligado ao trauma no pescoço. Na Dinamarca, outro caso semelhante foi registrado: uma paciente de 35 anos sofreu um AVC 12 horas após o contato, com diagnóstico apontando a mesma causa.
Neurologistas e cirurgiões vasculares reforçam que, apesar da baixa incidência, é crucial monitorar sintomas como fraqueza súbita, dormência ou dificuldade de movimentação após qualquer trauma cervical. "São situações incomuns, mas que exigem atenção. A dissecção arterial pode ser silenciosa e evoluir rapidamente", alerta o médico Rafael Campos, especialista em emergências vasculares.
A recomendação é clara: evitar pressão intensa na região do pescoço e buscar atendimento imediato em caso de sinais suspeitos. A comunidade médica reforça que a informação é a melhor forma de prevenir complicações, mesmo em situações cotidianas aparentemente inofensivas.