ATENTADO NO VALE

Justiça decreta prisão de 4 por homicídios em assentamento do MST

Por Da redação | Tremembé
| Tempo de leitura: 2 min
Divulgação / MST
Ataque ao MST deixou dois mortos e seis feridos
Ataque ao MST deixou dois mortos e seis feridos

A 2ª Vara da Comarca de Tremembé decretou a prisão preventiva dos quatro autores do ataque ao assentamento Olga Benário, do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) em Tremembé, no Vale do Paraíba. O atentado deixou dois mortos e seis feridos, no dia 10 de janeiro.

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Na terça-feira (11), o Ministério Público de São Paulo denunciou quatro pessoas em razão do ataque ao assentamento. A denúncia foi recebida pela Justiça, que decretou a prisão dos acusados.

Os promotores Daniela Michele Santos Neves e Alexandre Mourão Mafetano subscrevem a peça inicial, assim como os membros do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) Alexandre Castilho, Luis Fernando Scavone de Macedo, Cátia Aparecida de Sousa Modolo e Paloma Sanguiné Guimarães.

Eles ressaltam que os crimes foram praticados por motivo torpe, propiciando perigo comum e mediante a utilização de recurso que dificultou a defesa das vítimas.

A investigação apontou que um dos autores havia ocupado um lote no assentamento de forma irregular, sendo na oportunidade avisado de que não poderia mais permanecer ali. Então, segundo o MP, a situação gerou discussão e ameaças às vítimas, inclusive promessas por parte de um dos autores de que retornaria mais tarde para resolver a questão.

Em seguida, ele arregimentou familiares, amigos e conhecidos, tendo retornado ao assentamento no mesmo dia, tarde da noite, para praticar os crimes. No local, os autores efetuaram diversos disparos de armas de fogo, atingindo as vítimas e assumindo o risco de alvejar outras tantas que sequer tomaram parte na discussão.

As investigações prosseguirão para a identificação de outras pessoas que participaram dos crimes.

Morreram durante o ataque Valdir Nascimento, de 52 anos, e Gleison Barbosa de Carvalho, de 28 anos. Antônio Martins dos Santos Filho, conhecido como “Nero do Piseiro”, foi preso pela polícia suspeito de ter sido o mentor do crime. Outros três suspeitos estavam foragidos. Os quatro foram denunciados pelo MP e tiveram a prisão decretada pela Justiça.

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