
A Embraer planeja transformar a Polônia em um centro de excelência da companhia na Europa. Francisco Gomes Neto, presidente e CEO da Embraer, está visitando o país europeu nesta semana com uma equipe sênior das unidades de negócio de Aviação Comercial e de Defesa & Segurança.
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As equipes estão se reunindo com parceiros atuais, novos e potenciais nas seguintes áreas: fabricação e produção final, manutenção e reparo, conversões de passageiros para cargueiros, pesquisa & desenvolvimento, e eVTOLs.
Segundo a Embraer, os projetos potenciais incluem linha de produção da aeronave multimissão KC-390 Millennium e de conversões de aviões comerciais de passageiros para cargueiros, pré-produção de peças estruturais do E2, centro de revisão de trens de pouso e investimentos em treinamento e capacitação.
A fabricante estima que projetos potenciais com parceiros locais possam gerar US$ 3 bilhões e 5 mil empregos na Polônia ao longo de 10 anos.
O primeiro anúncio foi feito em conjunto com o iLOT (Instituto de Aviação ?ukasiewicz), com foco em atividades de pesquisa e desenvolvimento nas áreas de materiais, tecnologias de voo futuras, design aeronáutico e futuros processos de manutenção.
“A Embraer faz parte do ecossistema de aviação da Polônia há mais de 25 anos. Com o forte crescimento global da companhia, estamos comprometidos em expandir nosso engajamento industrial em conjunto com parceiros poloneses, incluindo atividades de produção, montagem final, manutenção e reparo”, disse Gomes Neto.
“Para possibilitar esse crescimento, a Embraer planeja apoiar o desenvolvimento das capacidades e competências que impulsionarão o setor aeroespacial polonês para o seu próximo estágio de sucesso,” completou o CEO da Embraer.
“Essas iniciativas em produção, manutenção e treinamento poderão deixar a economia da Polônia bem-posicionada para aproveitar oportunidades valiosas no cenário aeroespacial global, com possibilidades de geração de até US$ 3 bilhões para o país ao longo de 10 anos, com potencial criação de 5 mil empregos", acrescentou Gomes Neto.
Parceiros.
Em um movimento estratégico de longo prazo, a Embraer está buscando parceiros para a fabricação de peças e para uma potencial linha de produção final para a aeronave militar multimissão KC-390 Millennium, que atualmente está conquistando pedidos internacionais, incluindo países da Europa e da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte).
A Embraer avalia que a Polônia é o parceiro estratégico ideal para unir forças e construir equipamentos militares de última geração, criando empregos de alta qualificação no país. A produção da aeronave e o ecossistema de pós-venda associado (incluindo manutenção e treinamento) poderão resultar na criação de valor de cerca de US$ 1 bilhão e 600 empregos.
A Embraer também está aumentando a produção e buscando ativamente incrementar sua cadeia de suprimentos voltada para a aviação comercial no país. Recentemente, a companhia concluiu um road show para contatar novos fornecedores na Polônia.
A indústria local já é um importante fornecedor para o programa E2 da Embraer: os assentos são fabricados em ?wiebodzin, as unidades de energia auxiliar em Rzeszów e os principais componentes do motor em Kalisz.
O país já participa da cadeia de suprimentos da companhia com 1.350 empregos e US$ 30 milhões, direcionados para aquisição de bens e serviços somente em 2024.
Outros projetos em discussão incluem uma instalação de revisão de trens de pouso para os E-Jets E2 e a conversão de aeronaves E190 em cargueiros. Os projetos envolvendo a Embraer Aviação Comercial podem somar mais de US$ 2 bilhões em investimentos e mais de 4.400 empregos ao longo dos próximos dez anos.
A Embraer já possui forte presença na Europa. Cerca de 30% do E2 é fabricado na UE (União Europeia). As asas são fabricadas em Portugal e outros componentes são produzidos na França, Alemanha, Áustria, Espanha e Bélgica. Já para o KC-390, 42% da cadeia de suprimentos tem origem na UE.
Arjan Meijer, presidente e CEO da Embraer Aviação Comercial, que visitou Varsóvia ao lado de Gomes Neto, disse: “Parabenizo a LOT por seu crescimento e lucratividade significativos. Desejamos continuar nossa parceria profunda e de décadas com a Polônia. Queremos ir além da venda de aeronaves, para promover e acelerar o ecossistema de aviação do país”.
A Embraer está oferecendo à Polônia sua aeronave de transporte militar KC-390 Millennium, que tem interoperabilidade na Otan e é a mais avançada em sua categoria. A plataforma de última geração já foi adquirida pela Holanda, República Tcheca, Portugal, Hungria, Brasil, Áustria e Coreia do Sul, e selecionada pela Eslováquia e Suécia.
“A Polônia é uma nação líder da Otan e, ao oferecermos o KC-390 Millennium, temos a oportunidade de nos engajarmos com a bem estabelecida e especializada comunidade industrial e de defesa do país. Esta é uma oportunidade para a Polônia se tornar uma participante central do ecossistema europeu do KC-390, com acesso a um excelente pacote industrial, de treinamento e suporte. A Polônia é mais que uma cliente potencial para nós: é uma sólida parceira operacional e industrial de longo prazo, com a localização perfeita para a linha de produção que queremos desenvolver na Europa", afirmou Frederico Lemos, CCO da Embraer Defesa & Segurança.
Comentários
1 Comentários
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Alexandre 12/03/2025Foi descoberto o destino do investimento de R$ 20 bilhões da Embraer em parceria com o governo federal visando ampliar a produção de aviões e desenvolver novos produtos - a Polônia, a terceira força militar da Otan. Naquele contexto, a nova definição do Super Tucano pode ajudar, uma aeronave barata para derrubar drones, que ficaram populares. As possiblidades da Embraer são muitas. Caso o EUA deseje renovar seus C-130, a única opção do mercado é o C-390 e não existem projetos em andamento. Entretanto, neste caso, uma mudança precisa ser feita. O sistema de reabastecimento americano é de conexão única, mais fixa e com abastecimento rápido. O C-390 oferece um sistema de conexão dupla (abastecimento de duas aeronaves simultâneas), mais flexível e com abastecimento mais lento. Para vender o cargueiro no EUA precisa fazer esta adaptação, o que não seria um grande desafio frente ao diferenciado mercado americano.