INVESTIGAÇÃO

Perícia e tacógrafo podem esclarecer tragédia com ônibus no Vale

Por Da redação | Pindamonhangaba
| Tempo de leitura: 2 min
Reprodução / TV Vanguarda
Ônibus que tombou foi retirado por um guincho
Ônibus que tombou foi retirado por um guincho

O acidente envolvendo o ônibus da Viação 1001, que tombou na rodovia Presidente Dutra em Pindamonhangaba, na madrugada de quinta-feira (6), pode ser esclarecido com duas peças fundamentais da investigação: a perícia técnica e a análise do tacógrafo do veículo, que registra a velocidade do ônibus.

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A Polícia Civil registrou o boletim de ocorrência do acidente e a perícia técnica da Polícia Científica foi realizada no local do tombamento do ônibus. O laudo deve ficar pronto em até 30 dias.

Os investigadores também vão analisar o tacógrafo do ônibus, para descobrir a velocidade do veículo. A investigação é feita pela Delegacia de Pindamonhangaba e pela ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres).

A tragédia aconteceu no km 98 da Dutra, às 3h25 de quinta-feira (6). O ônibus, que levava 44 passageiros, partiu do Rio de Janeiro e seguia para São Paulo. O veículo tombou a partir do acostamento, girando pela ribanceira e parando lateralmente.

O acidente deixou 25 pessoas feridas, cinco delas em estado grave, e provocou a morte do menino Levy Gabriel Cardoso do Nascimento, de 13 anos, que morava em São Bernardo do Campo e voltava do Rio de Janeiro, onde foi com o pai visitar os avós. O pai dele também se machucou no acidente.

Todas as vítimas foram socorridas para unidades de saúde da região, principalmente Pindamonhangaba e Taubaté.

Investigação.

Segundo a PRF (Polícia Rodoviária Federal), o ônibus estava com os equipamentos de segurança em dia. O motorista também não estava alcoolizado.

O motivo do tombamento do veículo no acostamento da rodovia ainda é um mistério. Inicialmente, o Corpo de Bombeiros chegou a afirmar que o solo da rodovia cedeu, mas a CCR RioSP, concessionária que administra a Via Dutra, e a PRF negaram que o asfalto tenha cedido.

A PRF chegou a citar uma segunda hipótese, com informações colhidas entre os usuários do ônibus, de que um veículo teria parado na rodovia e obrigado o ônibus a desviar para o acostamento. A possibilidade está em investigação. A Viação 1001, responsável pelo veículo, também investiga detalhes do acidente.

Pai do menino Levy, que morreu no acidente, Daniel Araújo do Nascimento, que é caminhoneiro, disse que o motorista do ônibus teria tomado uma medida inadequada e que isso teria causado o acidente. A Polícia Civil investiga essa possibilidade.

“Eu estava acordado, é difícil dormir numa viagem à noite, ainda mais sendo motorista. Eu lembro que o ônibus veio pra direita e caiu numa vala. O motorista, ao invés de puxar o freio e liberar os passageiros para descer em segurança, foi dar ré no ônibus. O ônibus tombou e matou meu filho. Meu filho só tinha 13 anos”, desabafou o pai, em entrevista à TV Vanguarda.

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