Região da capital da fé popular no Brasil, o Vale da Fé transformou-se no maior desafio da segurança pública na RMVale (Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte), região que, por sua vez, tem a mais alta taxa de vítimas de homicídio por 100 mil habitantes de todo o estado de São Paulo.
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A RMVale também lidera o ranking de pessoas assassinadas no interior do estado, superando regiões como Piracicaba, Campinas e Ribeirão Preto, segundo dados da da SSP (Secretaria de Estado da Segurança Pública).
O Vale terminou o ano passado com 310 vítimas de homicídio e latrocínio e liderança absoluta no interior do estado. Nenhuma outra região do interior chegou perto de 300 mortes violentas em 2024. Piracicaba é a segunda com mais óbitos, com 248 mortes por homicídio e latrocínio – Vale tem 25% a mais em vítimas.
O impulso violento na região tem vindo, principalmente, de cidades do Vale da Fé, como Guaratinguetá, Lorena e Aparecida, além de Potim e Pindamonhangaba.
A sub-região composta por nove cidades, entre elas as do Vale da Fé, alcançou 86 vítimas de homicídio nos últimos 12 meses – fevereiro de 2024 a janeiro de 2025.
A maior parte das mortes ocorreu em Guaratinguetá (29), Lorena (20), Potim (16) e Aparecida (14).
Na sub-região com as cidades do Vale Histórico, Cruzeiro teve 20 mortes violentas e praticamente monopolizou os 24 assassinatos da região, em um ano.
Não à toa, Cruzeiro, Guaratinguetá e Lorena estão no topo do ranking da violência do estado de São Paulo, respectivamente com 26,68, 24,57 e 23,57 vítimas de homicídio por 100 mil habitantes.
Para efeito de comparação, a sub-região de São José dos Campos acumulou 61 mortes nos últimos 12 meses, com uma população de mais de 1 milhão de habitantes. São José teve 25 óbitos, Caçapava 17 e Jacareí 13. A taxa de homicídios de São José é de 3,58 por 100 mil.
Na sub-região de Taubaté, que alcançou 59 mortes, o destaque negativo foi Pindamonhangaba, com 33 vítimas de homicídios. Taubaté teme 17.
Outra sub-região desafiadora para a segurança pública é a do Litoral Norte, que registrou 55 mortes em 12 meses, a maioria delas em Caraguatatuba (33), com Ubatuba acumulando 11 óbitos.