A tragédia é mãe da tristeza, e avó da revolta.
Os sentimentos se chocam no peito da mãe do pequeno Yuri, morto aos 2 anos de idade sem chance de viver a vida. O caso chocou a região e está em apuração pela Polícia Civil de Taubaté. As circunstâncias da morte da criança ainda estão sendo investigadas.
Clique aqui para fazer parte da comunidade de OVALE no WhatsApp e receber notícias em primeira mão. E clique aqui para participar também do canal de OVALE no WhatsApp.
A mãe tem usado as redes sociais para desabafar. No final da noite desta terça-feira (18), cinco dias após a morte do filho, ela chamou de “monstros” as pessoas envolvidas no caso, o padrasto e a babá da criança. Ela culpa o ex-namorado pela morte do filho.
“Que a mão de Deus caia sobre a vida de vocês. Vocês são monstros!”, escreveu ela em postagem nas redes sociais. A mãe revelou que recebeu uma foto do filho morto, supostamente tirada por um dos dois.
“Se estavam mesmo preocupados em ajudar o meu filho, como disseram novamente, eu ressalto porque não saiu pedindo ajuda? Porque tiraram foto do meu filho sem vida e mandaram pra alguém que mandou pra outra pessoa até essa foto chegar até mim, meu Deus, que crueldade”, afirmou ela.
O caso.
Yuri estava com o padrasto em casa quando foi chamado o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), que levou a criança para o Hospital Regional do Vale do Paraíba, em Taubaté. Yuri deu entrada na unidade em parada cardiorrespiratória após um traumatismo craniano. O óbito foi constatado no hospital.
A equipe médica que atendeu Yuri verificou diversas lesões pelo corpo do menino, algumas delas com indícios de terem sido causadas em dias distintos. A criança apresentava ferimentos que levantaram suspeita de maus-tratos.
A Polícia Civil fez diligências no hospital e na residência da família, além de requisitar exames periciais no local e a necropsia do corpo no IML (Instituto Médico Legal) para esclarecer as causas da morte.
O caso ocorreu em uma residência de Taubaté onde a criança morava com a mãe, de 22 anos, e o padrasto, de 21 anos. A mãe disse que o filho estava com uma babá, que mora no mesmo terreno da sua casa, quando o Samu foi acionado. Também estava presente o namorado dela e padrasto da criança.
A mãe culpa o padrasto, seu ex-namorado, pela morte do filho. Ela disse que rompeu o relacionamento depois da morte do menino. “Ele me mandou diversas mensagens querendo que eu defendesse ele e todas elas foram sem respostas, por que como que defende uma pessoa dessa?”, afirmou.
Em depoimento à polícia, o padrasto disse que foi atender um amigo que o chamava e que, ao retornar para a casa, viu a criança com vômito, momento que decidiu dar um banho nela. Relatou que se ausentou para pegar uma toalha. Ao retornar, disse que Yuri estava com a boca machucada e o nariz sangrando, momento em que saiu de lá com ele para chamar o Samu.
Admitiu que atualmente está afastado da mãe do menino e que a criança tinha ciúmes da sua relação com a mãe. Confessou que, eventualmente, gritava com a criança, pois a mãe teria dado essa liberdade a ele. Negou que já tenha batido em Yuri. Afirmou que as lesões no corpo da vítima derivam de brincadeiras que o menino fazia, inclusive com o cachorro da família.
Após os primeiros trabalhos investigativos, a autoridade policial determinou o encaminhamento do corpo da vítima para o IML (Instituto Médico Legal) para exame necroscópico. O caso foi registrado na Delegacia de Taubaté como morte suspeita e morte acidental. Até o momento, ninguém foi indiciado ou preso.