ADEUS, YURI

‘Seus monstros’, diz mãe após a morte do filho Yuri no Vale

Por Da redação | Taubaté
| Tempo de leitura: 3 min
Reprodução / Instagram
Yuri foi morto aos 2 anos de idade sem chance de viver a vida
Yuri foi morto aos 2 anos de idade sem chance de viver a vida

A tragédia é mãe da tristeza, e avó da revolta.

Os sentimentos se chocam no peito da mãe do pequeno Yuri, morto aos 2 anos de idade sem chance de viver a vida. O caso chocou a região e está em apuração pela Polícia Civil de Taubaté. As circunstâncias da morte da criança ainda estão sendo investigadas.

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A mãe tem usado as redes sociais para desabafar. No final da noite desta terça-feira (18), cinco dias após a morte do filho, ela chamou de “monstros” as pessoas envolvidas no caso, o padrasto e a babá da criança. Ela culpa o ex-namorado pela morte do filho.

“Que a mão de Deus caia sobre a vida de vocês. Vocês são monstros!”, escreveu ela em postagem nas redes sociais. A mãe revelou que recebeu uma foto do filho morto, supostamente tirada por um dos dois.

“Se estavam mesmo preocupados em ajudar o meu filho, como disseram novamente, eu ressalto porque não saiu pedindo ajuda? Porque tiraram foto do meu filho sem vida e mandaram pra alguém que mandou pra outra pessoa até essa foto chegar até mim, meu Deus, que crueldade”, afirmou ela.

O caso.

Yuri estava com o padrasto em casa quando foi chamado o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), que levou a criança para o Hospital Regional do Vale do Paraíba, em Taubaté. Yuri deu entrada na unidade em parada cardiorrespiratória após um traumatismo craniano. O óbito foi constatado no hospital.

A equipe médica que atendeu Yuri verificou diversas lesões pelo corpo do menino, algumas delas com indícios de terem sido causadas em dias distintos. A criança apresentava ferimentos que levantaram suspeita de maus-tratos.

A Polícia Civil fez diligências no hospital e na residência da família, além de requisitar exames periciais no local e a necropsia do corpo no IML (Instituto Médico Legal) para esclarecer as causas da morte.

O caso ocorreu em uma residência de Taubaté onde a criança morava com a mãe, de 22 anos, e o padrasto, de 21 anos. A mãe disse que o filho estava com uma babá, que mora no mesmo terreno da sua casa, quando o Samu foi acionado. Também estava presente o namorado dela e padrasto da criança.

A mãe culpa o padrasto, seu ex-namorado, pela morte do filho. Ela disse que rompeu o relacionamento depois da morte do menino. “Ele me mandou diversas mensagens querendo que eu defendesse ele e todas elas foram sem respostas, por que como que defende uma pessoa dessa?”, afirmou.

Em depoimento à polícia, o padrasto disse que foi atender um amigo que o chamava e que, ao retornar para a casa, viu a criança com vômito, momento que decidiu dar um banho nela. Relatou que se ausentou para pegar uma toalha. Ao retornar, disse que Yuri estava com a boca machucada e o nariz sangrando, momento em que saiu de lá com ele para chamar o Samu.

Admitiu que atualmente está afastado da mãe do menino e que a criança tinha ciúmes da sua relação com a mãe. Confessou que, eventualmente, gritava com a criança, pois a mãe teria dado essa liberdade a ele. Negou que já tenha batido em Yuri. Afirmou que as lesões no corpo da vítima derivam de brincadeiras que o menino fazia, inclusive com o cachorro da família.

Após os primeiros trabalhos investigativos, a autoridade policial determinou o encaminhamento do corpo da vítima para o IML (Instituto Médico Legal) para exame necroscópico. O caso foi registrado na Delegacia de Taubaté como morte suspeita e morte acidental. Até o momento, ninguém foi indiciado ou preso.

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