Pacientes que estão internados na maternidade do Hospital da Vila denunciam as condições insalubres enfrentadas dentro da unidade, especialmente em dias de calor intenso, como foi hoje. As temperaturas na cidade alcançaram os 35ºC graus.
Clique aqui para fazer parte da comunidade de OVALE no WhatsApp e receber notícias em primeira mão. E clique aqui para participar também do canal de OVALE no WhatsApp.
Segundo relatos, os quartos não possuem qualquer sistema de ventilação adequado, tornando a permanência no local extremamente desconfortável para mães e recém-nascidos.
Em um dos casos, um casal que acabou de ter um bebê relatou que precisou contar com a ajuda de terceiros para conseguir um ventilador, já que a unidade não fornece o equipamento e proíbe os próprios pacientes de levarem. “A gente já tinha ouvido falar que aqui a temperatura subia muito em dias quentes, mas não tínhamos noção de quanto. Durante os primeiros dias, dividimos o quarto com outro casal, que trouxe um ventilador escondido", relatou o pai.
Segundo ele, a justificativa dada pela administração para proibir ventiladores particulares é que poderiam trazer riscos à saúde dos bebês, como infecções. No entanto, a alta temperatura estaria causando ainda mais problemas aos recém-nascidos. “As crianças sentem mais calor que a gente. Elas não podem tomar banho com água fria, só morna ou quente, o que prejudica ainda mais. Meu filho chegou a ficar febril, mesmo estando só de fralda”, contou.
Além do calor extremo, os pacientes também reclamam da presença de mosquitos na ala da maternidade. “A gente teve que trazer um repelente de tomada, senão não dava para sobreviver. Um hospital não pode ter essa situação”, desabafou.
Outro agravante apontado é que o calor excessivo também tem prejudicado as mães no período pós-parto. “Minha esposa tem pressão baixa e nesses dias quentes ela está ficando ainda pior. Ela se sente fraca, às vezes não consegue nem ficar sentada na maca, e amamentar tem sido muito difícil”, relatou o pai.
A situação tem gerado revolta entre os pacientes, que apontam que a falta de ventilação seria um descaso com quem depende do serviço público de saúde. “Qualquer outro hospital tem ar-condicionado ou ao menos um sistema de ventilação decente na maternidade. Mas, como aqui é público, ficamos nesse sofrimento. Isso é desumano”, criticou.
A redação do OVALE entrou em contato com a Secretaria de Saúde para esclarecimentos sobre a situação e aguarda um posicionamento para atualizar a reportagem.
