
Nascido em São José dos Campos e formado em Agronomia na Unitau (Universidade de Taubaté), o antropólogo Eduardo Brondízio foi laureado com o Prêmio Tyler 2025, o mais importante prêmio da área ambiental do mundo, frequentemente chamado de “Nobel do Meio Ambiente”.
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A honraria foi compartilhada com a ecologista argentina Sandra Myrna Díaz. Em 52 anos de história, é a primeira vez que dois pesquisadores sul-americanos são premiados.
O prêmio de US$ 250 mil será dividido entre os dois indicados. A cerimônia de premiação acontecerá no dia 10 de abril de 2025, em Los Angeles, nos Estados Unidos.
O Prêmio Tyler é concedido a indivíduos cujas contribuições extraordinárias promovem avanços significativos na sustentabilidade e na conservação ambiental.
Carreira.
Com mais de 35 anos de pesquisas na Amazônia, o trabalho de Brondízio contribui na compreensão das interações entre as comunidades locais e o meio ambiente, com destaque para a participação dos povos indígenas para a conservação e sustentabilidade.
Foi durante o curso de Agronomia na Unitau que Brondízio se interessou pela mudança no padrão de uso da terra de comunidades rurais. Ele passou pelo Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) e coordenou, pela Fundação SOS Mata Atlântica, o primeiro atlas do domínio da Mata Atlântica, desenvolvido em colaboração com o Inpe.
Por décadas, Brondízio trabalhou para tornar o invisível, visível — destacando o papel vital das comunidades indígenas e locais na proteção da Amazônia e defendendo modelos econômicos que apoiam a biodiversidade e a justiça social.
“Devemos ir além das soluções de curto prazo. A perda de biodiversidade, as mudanças climáticas e as desigualdades sociais estão profundamente conectadas”, diz Brondízio.