Jardilânia da Silva Nepomuceno, de 34 anos, foi assassinada a facadas pelo namorado, José Fernando Joaquim Junior, de 31 anos, na tarde desta última quinta-feira (13), em Paulínia. O crime ocorreu dentro da casa da vítima, no bairro Saltinho, na frente do filho do casal, de apenas 10 anos. O menino, em desespero, gritou por socorro ao presenciar a brutalidade.
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Antes de ser morta, Jardilânia havia enviado um áudio para uma amiga pelo WhatsApp, expressando seu medo de ser assassinada por José Fernando. No registro, ela pediu que, caso algo acontecesse, a amiga denunciasse Fernando. "Não mostra esse áudio para ninguém. Se você precisar, se acontecer alguma coisa comigo, faz um favor para mim. Eu vou te mandar o nome completo do Fernando. Se acontecer alguma coisa pra mim, denuncia o Fernando, tá bom?", disse Jardilânia. Ela ainda reforçou: "Denuncie o Fernando, porque foi ele que fez".
Relacionamento conturbado e histórico de violência
O casal mantinha um relacionamento de oito meses, marcado por conflitos e agressões. Segundo relatos, José Fernando já havia ameaçado e agredido Jardilânia em outras ocasiões. A vítima, mãe de dois filhos — o mais velho tem 16 anos —, vivia em constante tensão, mas não havia formalizado denúncias contra o agressor antes do crime.
Na tarde do assassinato, uma discussão entre o casal teria sido o estopim para a tragédia. Após esfaquear Jardilânia, José Fernando fugiu em uma moto. A vítima foi socorrida, mas não resistiu aos ferimentos e morreu no local.
Minutos após o crime, José Fernando deu entrada em um hospital da região, ensanguentado. A equipe médica, desconfiada de sua condição, acionou a Guarda Municipal, que realizou a prisão do suspeito. Ele foi levado para a delegacia e deve responder por feminicídio.
A polícia investiga o histórico de violência do casal e analisa as provas, incluindo o áudio enviado por Jardilânia à amiga, que pode ser crucial para embasar as acusações contra José Fernando.
