
Cerca de 1.000 moradores do Condomínio Trivialli, no bairro Jardim Bela Vista, em Taubaté, começaram a deixar seus apartamentos na noite desta terça-feira (11) devido a rachaduras identificadas na estrutura dos prédios. A decisão foi tomada em assembleia emergencial convocada pelos próprios moradores, que relataram fissuras significativas nas edificações.
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Na manhã desta quarta-feira (12), a reportagem esteve no local e encontrou um cenário de correria e apreensão. Diversas famílias deixavam seus apartamentos às pressas, carregando móveis, eletrodomésticos, animais de estimação e pertences pessoais.
Segundo a síndica do local, são quase duas mil pessoas que moram no condomínio.
Defesa Civil
A Defesa Civil de Taubaté informou que realizou uma vistoria no condomínio no último sábado (8), após solicitação dos moradores. Durante a inspeção, foram identificadas rachaduras em paredes de dois blocos, porém, sem risco estrutural, o que descartou a necessidade de interdição no momento.
Na terça-feira (11), equipes do órgão retornaram ao local para uma nova avaliação e não identificaram alterações na estrutura ou no solo. No entanto, apesar da ausência de recomendação oficial, os moradores decidiram evacuar os prédios por precaução.
A Defesa Civil informou que nesta quarta acionaria o corpo técnico da Secretaria de Obras da Prefeitura para uma avaliação mais detalhada da situação. O órgão segue monitorando o caso e prestando suporte aos moradores.
MRV
A MRV, responsável pelo empreendimento, declarou que as trincas observadas afetam apenas algumas paredes, sem comprometer a estrutura do condomínio. Segundo a empresa, não há necessidade de desocupação dos apartamentos.
Gás
A Comgás, Companhia de Gás de São Paulo, informou que recebeu um chamado às 21h22 da terça-feira (11) sobre a falta de gás no condomínio. A equipe chegou ao local às 21h49 e constatou que o fornecimento havia sido interrompido pelo próprio condomínio, por orientação da Defesa Civil.
Para garantir a segurança dos moradores, a Comgás também fechou a válvula de gás na calçada, eliminando qualquer risco de vazamento dentro das unidades. A companhia informou que o serviço será restabelecido assim que a situação for normalizada e permanece à disposição do condomínio e das autoridades para qualquer necessidade.
Enquanto a Defesa Civil e a Secretaria de Obras avaliam as condições do condomínio, os moradores aguardam novas análises para decidir se retornam aos apartamentos ou se medidas adicionais precisarão ser tomadas. O caso segue em investigação.