VIOLÊNCIA

‘Como vou sobreviver assim?’, desabafa vítima de violência em SJC

São José dos Campos
| Tempo de leitura: 2 min
Da redação
Reprodução
Laisla Ferraz Cadengue foi agredida
Laisla Ferraz Cadengue foi agredida

Uma mulher de 32 anos foi brutalmente agredida pelo ex-companheiro na manhã da última segunda-feira (10), no bairro Residencial Caminho das Montanhas, em São José dos Campos. O agressor, de 35 anos, ainda não havia sido localizado até o fechamento desta reportagem.

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Segundo o boletim de ocorrência, o ataque ocorreu por volta das 7h30, na rua Beija-Flor, quando a vítima, Laisla Ferraz Cadengue, saía de casa para trabalhar. O suspeito a surpreendeu, derrubando-a ao chão e desferindo chutes que resultaram na fratura de seu pulso. Após a agressão, o homem fugiu do local.

Em entrevista à TV TH+ SBT Vale, Laisla revelou que manteve um relacionamento de 15 anos com o agressor e que episódios de violência já vinham ocorrendo há algum tempo. “Nossa relação sempre foi tóxica. Tenho três filhos e, na esperança de manter uma família, ignorei muitos sinais. Ele sempre disse que, se nos separássemos, ele não me deixaria em paz”, relatou a diarista.

A vítima possui uma medida protetiva contra o ex-companheiro e relatou que, desde o pedido de separação, há cerca de 20 dias, vem sofrendo constantes ataques. Na sexta-feira (7), ela registrou um boletim de ocorrência após o homem invadir sua casa à noite e agredi-la diante da filha de sete anos.

Na ocasião, conseguiu escapar e se abrigar na casa de uma vizinha, mas, ao tentar retornar para casa, foi novamente atacada, dessa vez com um pedaço de madeira. O agressor ainda tentou utilizar uma faca, sendo impedido por um transeunte.

No dia seguinte, Laisla recebeu ameaças de morte por mensagens enviadas do telefone da sogra. Temendo novas agressões, ela se mudou temporariamente para outro local, onde se recupera dos ferimentos. Devido à fratura no pulso, precisou se afastar do trabalho.

“Não posso mais trabalhar e sou autônoma. Como vou sobreviver assim? Também não consigo ver meus filhos por medo de ser agredida de novo. Eu só quero ter paz para viver, trabalhar e cuidar dos meus filhos”, desabafou.

O caso está sob investigação da DDM (Delegacia de Defesa da Mulher) de São José dos Campos. Até o momento, o suspeito permanece foragido.

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