
O que poderia ter terminado em tragédia foi interrompido graças à coragem de uma jovem de 23 anos que, mesmo sob ameaça, conseguiu pedir socorro pelo WhatsApp aos avós. Ela foi resgatada na manhã desta sexta-feira (7), após ter sido sequestrada e mantida em cárcere privado pelo ex-namorado, de 18 anos, em uma residência no bairro Jardim Gurilândia. O suspeito, que já possuía um histórico de descumprimento de medidas protetivas, foi preso em flagrante.
O crime veio à tona quando os avós da vítima receberam, durante a madrugada, uma série de mensagens angustiantes da neta. Nos textos, ela relatava ter sido sequestrada, agredida e ameaçada de morte pelo ex-namorado, que estaria embriagado e dormindo no momento em que conseguiu enviar o pedido de ajuda. No entanto, os avós só viram as mensagens por volta das 6h30 da manhã. Após tentarem, sem sucesso, contato com a neta, acionaram imediatamente a polícia.
Policiais civis da Deic (Delegacia Especializada de Investigações Criminais) de Taubaté iniciaram uma operação e localizaram a jovem em uma casa na Rua Salim Rechdan, onde o suspeito também foi encontrado. Ela relatou ter sido mantida em cárcere privado desde o dia anterior, impedida de sair do local, além de ter sofrido agressões físicas e ameaças de morte. Apesar das agressões, ela não apresentava marcas visíveis no momento do resgate.
O agressor, que já havia sido preso anteriormente por lesão corporal, ameaça e descumprimento de medida protetiva, foi novamente detido. Durante o interrogatório, ele negou todas as acusações, afirmando que a jovem estava no local por vontade própria e que não a agrediu nem ameaçou.
A vítima confirmou que possui medidas protetivas de urgência contra o ex-namorado, incluindo ordens de restrição de aproximação e contato, que foram descumpridas. Ela também revelou que ele havia incendiado seu carro dias antes do sequestro.
O delegado responsável pelo caso decretou a prisão em flagrante do suspeito, que responderá pelos crimes de sequestro e cárcere privado, ameaça e descumprimento de medida protetiva de urgência. O suspeito permanecerá detido até a audiência de custódia.
A Polícia Civil continua investigando o caso para apurar outros possíveis crimes relacionados e verificar se o suspeito está envolvido em outros episódios de violência doméstica.