POLÊMICA

Padre expulsa grupo de moçambique e gera polêmica no Vale

Por Leandro Vaz | Taubaté
| Tempo de leitura: 2 min
Da redação
Reprodução
Padre faz gesto para os integrantes do grupo saírem da igreja
Padre faz gesto para os integrantes do grupo saírem da igreja

O Grupo de Moçambique do Belém, de Taubaté, denunciou um caso de preconceito religioso ocorrido em São Luiz do Paraitinga durante a tradicional Festa de São Sebastião. O grupo, que mantém vivas tradições culturais e religiosas desde 1945, foi impedido de realizar uma manifestação de fé dentro de uma capela pelo padre responsável, identificado como Ricardo Cassiano.

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Segundo relatos, os integrantes aguardaram o término da missa para entrar na capela, seguindo o costume de fazer uma saudação e adoração ao santo do andor. Contudo, o padre interrompeu a ação e pediu que o grupo saísse, alegando que o local não era “lugar de bagunça”. Vídeos divulgados no YouTube e em redes sociais mostram o momento em que o religioso faz gestos indicando que o grupo deve se retirar.

O episódio foi classificado como desrespeitoso pelos membros do grupo, que afirmaram não terem sido informados previamente sobre qualquer restrição à apresentação.

“Consideramos uma falta de respeito o modo como ele agiu. Se não fosse permitido, deveriam ter nos avisado antes, evitando essa vergonha diante das pessoas presentes, que estavam lá a convite do festeiro”, declarou um representante do grupo.

O jornalista e cineasta André Ferreira também se manifestou sobre o caso, lembrando que não é a primeira vez que o padre é acusado de atitudes intolerantes. “É preciso que nos posicionemos contra atitudes como essa, que demonstram desconhecimento e desrespeito por parte de quem deveria acolher as pessoas e suas representações ancestrais”, afirmou.

O Grupo de Moçambique do Belém é uma expressão cultural e religiosa profundamente enraizada na tradição popular, com origem em São Luiz do Paraitinga e devoção a São Benedito e Nossa Senhora.

A reportagem tentou entrar em contato com o padre Ricardo Cassiano, mas não obteve retorno das ligações feitas aos números disponibilizados pela paróquia.

Comentários

3 Comentários

  • Simone Marilia Lisboa 20/01/2025
    Houve um tempo que os padres lutavam por uma sociedade mais justa, que pratica os ensinamentos cristãos e pelos pobres. Essa atitude, triste e preconceituosa fala mais dele, o padre que sobre o Grupo de Moçambique do Belém. Ele deve estar muito preocupado com o ritual e esqueceu sua missão sacerdotal de aproximar almas e corações.
  • Sergio Afonso de Oliveira 19/01/2025
    se o povo ja conhece a situação, sabe que o padre trabalha desta forma, qual a dificuldade em verificar antes se pode ou não, simples evitaria todo esse desgaste, ai fica parte do povo contra a igreja (não contra o padre) e parte a favor, tretas e tretas virão.
  • Maria Aparecida Bonifácio 19/01/2025
    Eu perguntei ao Padre se o Grupo podia entrar na Igreja,e ele disse que podia após a Missa. Se ele tivesse falado Não,eu não teria levado o grupo para dentro da igreja .