
A decisão da Meta de permitir a associação de orientações sexuais e identidades de gênero a doenças mentais, alinhada ao anúncio de seu comprometimento com a administração de Donald Trump, é um marco sombrio que expõe a prioridade descarada do lucro sobre os direitos humanos. Essa aliança entre Mark Zuckerberg e Trump simboliza a convergência entre poder corporativo e político, onde princípios fundamentais de dignidade e igualdade são sacrificados em nome de estratégias financeiras e ideológicas.
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A Meta, uma das maiores plataformas digitais do mundo, desempenha um papel central na formação da opinião pública global. Suas decisões moldam não apenas os debates online, mas também os valores sociais que influenciam políticas públicas e atitudes culturais. Quando a empresa opta por flexibilizar suas políticas de discurso de ódio, permitindo que gênero e orientação sexual sejam tratados como “anormalidades” ou doenças mentais, ela não apenas abdica de sua responsabilidade ética, mas também se torna cúmplice na perpetuação de narrativas de exclusão e intolerância.
Ao mesmo tempo, Donald Trump, que retoma o poder com uma agenda explicitamente hostil a minorias, usa a retórica do preconceito como arma política. Sua promessa de “deter a loucura transgênero” e seu desprezo pelas pessoas LGBTQIA+ reforçam uma visão que busca reverter avanços históricos nos direitos humanos. Essa aliança nefasta entre Trump e Zuckerberg é uma combinação tóxica ao extremo: um usa o ódio para dividir e conquistar, enquanto o outro fornece as ferramentas para amplificar essa mensagem em escala global.
O fim do programa de checagem de fatos anunciado pela Meta no mesmo dia em que essas mudanças foram introduzidas é outro golpe na luta pela verdade e pela justiça. Sem mecanismos que combatam a desinformação, o ambiente digital se torna um terreno fértil para mentiras que promovem intolerância, desumanização e violência. Essa decisão não é apenas irresponsável; é uma estratégia deliberada para priorizar engajamento e lucros em detrimento da segurança e dignidade de bilhões de usuários.
A mensagem é clara: para a Meta e seus líderes, como Mark Zuckerberg, os direitos humanos são secundários diante do poder financeiro e da influência política. Ao escolher o lucro sobre a proteção de comunidades vulneráveis, Zuckerberg demonstra um desprezo calculado pelos princípios que deveriam nortear uma empresa com tamanha influência. Em vez de usar sua posição para promover inclusão e igualdade, ele opta por alimentar narrativas de exclusão, alinhando-se a líderes que buscam consolidar o poder às custas dos mais vulneráveis.
Essa decisão valida o preconceito, com consequências reais e perigosas. Em contextos como o Brasil, onde a violência contra pessoas LGBTQIA+ é alarmantemente alta, a flexibilização das políticas de discurso de ódio da Meta agrava o risco para essas comunidades. Palavras têm poder, e quando uma plataforma como a Meta normaliza discursos de ódio, ela cria um ambiente que encoraja agressões e legitima exclusões.
A história está repleta de exemplos de regimes que usaram o ódio para desumanizar minorias antes de institucionalizar perseguições e violência. A nova política da Meta ecoa esses padrões sombrios, mostrando como empresas e governos podem colaborar para reforçar estruturas de opressão. No entanto, também é um chamado à ação. Precisamos reconhecer que a luta pelos direitos humanos não é apenas uma questão de princípio, mas uma batalha pela sobrevivência de milhões de pessoas.
Cabe à sociedade civil, às organizações internacionais e aos governos democráticos se unirem contra esse retrocesso. Regulamentar as plataformas digitais e exigir responsabilidade ética de seus líderes nunca foi tão urgente. Se permitirmos que decisões como essas se tornem normais, estaremos legitimando um futuro onde o lucro falará mais alto do que a dignidade humana.
Mark Zuckerberg e Donald Trump podem estar apostando na força de seus recursos financeiros e influência política para implementar essa agenda, mas a história mostra que movimentos baseados no ódio são sempre derrotados por aqueles que se levantam em defesa da justiça. A Meta escolheu o lado errado da história. Cabe a todos nós garantir que a humanidade escolha o certo.