INVESTIGAÇÃO

Duda pode ter sido morta por integrante do PCC em São José

Por Leandro Vaz | São José dos Campos
| Tempo de leitura: 2 min
Arquivo Pessoal
Maria Eduarda era mãe de quatro filhos e sonhava em se tornar policial
Maria Eduarda era mãe de quatro filhos e sonhava em se tornar policial

O desaparecimento de Maria Eduarda da Costa Mendes Gusmão, de 26 anos, terminou de forma trágica após seu corpo ser encontrado às margens da rodovia Presidente Dutra, em São José dos Campos, com sinais de violência.

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Duda, como era conhecida, havia saído com jovens da região para um passeio que incluía uma visita a uma represa. Dez dias depois, a notícia devastadora chegou à família: ela havia sido encontrada morta, com a causa do óbito identificada como traumatismo craniano.

Embora a principal hipótese da polícia seja atropelamento, os familiares desconfiam de assassinato, possivelmente envolvendo integrantes de uma facção criminosa.

Segundo o marido de Maria Eduarda, um dos rapazes que estava com ela teria se identificado como membro do PCC (Primeiro Comando da Capital) e, durante uma ligação, insinuado a possibilidade de “sumir com ela” após descobrir que Duda era casada.

Segundo uma tia de Duda, a última vez que a família teve notícias da jovem foi quando um dos homens atendeu a ligação do marido dela. “Cadê a Duda? Eu quero falar com a Duda. É o marido dela que está falando. Cadê ela?”, contou a tia sobre a ligação do marido da sobrinha.

As revelações foram feitas em reportagem do Cidade Alerta, da TV Record.

A última noite.

O drama começou no dia 17 de dezembro, quando Maria Eduarda saiu com a cunhada, de 17 anos, para comprar bebidas. Durante a noite, elas encontraram um grupo de quatro jovens — três em um carro e um em uma moto. O grupo seguiu para uma represa em Jacareí, onde passaram horas confraternizando.

A cunhada, ao sentir-se desconfortável, pediu para voltar para casa e foi levada por um dos rapazes. Duda, no entanto, decidiu permanecer com o grupo, afirmando que mais tarde retornaria por conta própria.

Nos dias seguintes, a família viveu uma angústia crescente. A cunhada tentou contato com os rapazes, mas recebeu diferentes versões sobre o paradeiro de Duda. Um deles afirmou que a deixou em um shopping, outro disse que havia chamado um Uber para levá-la embora.

O mistério aumentou quando o corpo de Duda foi identificado no IML (Instituto Médico Legal). Ela foi encontrada às margens da Via Dutra, sem outros hematomas no rosto, exceto por um dente quebrado, o que levantou suspeitas de que o atropelamento poderia ter sido uma encenação para encobrir um crime mais brutal.

Busca por justiça.

Maria Eduarda, mãe de quatro filhos e com o sonho de se tornar policial, era descrita pela família como uma mulher amorosa e generosa. “Ela sempre ajudava quem precisava. Agora queremos apenas a verdade e justiça pelo que aconteceu com ela”, disse uma tia.

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