Os policiais militares Felipe Nunes dos Santos e Carlos Eduardo Pedroso vão a julgamento no dia 11 de dezembro, no Fórum de Paraibuna, pela morte do feirante Tiago Henrique de Oliveira Batan, 27 anos, durante o carnaval deste ano.
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Tiago foi morto a tiros no dia 11 de fevereiro, após discussão e briga com os policiais militares, que foram acusados pelo Ministério Público e tornados réus pela Justiça.
Felipe Nunes, que está preso, foi denunciado por homicídio qualificado e violência arbitrária, com penas que podem passar de 20 anos. Carlos Eduardo será julgado pelo crime de violência arbitrária, cuja pena é de seis meses a três anos de prisão.
O julgamento acontece em meio à onda de episódios de violência envolvendo policiais militares no estado, que colocam pressão no governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) para demitir o secretário de segurança pública, Guimerme Derrite.
Na época da morte de Tiago, a Polícia Militar instaurou um inquérito para investigar as circunstâncias do caso. A Secretaria de Estado da Segurança Pública chegou a informar que Tiago tentou desarmar o policial. A versão foi contestada por amigos da vítima, que acusaram o policial de executar Tiago.
Imagens de câmera de segurança obtidas pela reportagem de OVALE na época do crime mostram o exato momento em que o policial militar atira e mata Tiago (veja aqui). O feirante, que estava desarmado, foi agredido pelos policiais com golpes de cassetete. Tiago revidou, as agressões continuaram e o policial saca a arma e atira em Tiago, que morre no local.
A Justiça determinou a prisão do policial Felipe Nunes em 26 de abril. Ele foi preso em Caraguatatuba, pela Corregedoria da PM, que relatou o inquérito policial militar à Justiça com o indiciamento de Felipe por homicídio.
“Tiago Batan não pode ser só mais uma estatística. Um jovem querido, com sonhos interrompidos por uma ação policial desastrosa. Sua memória precisa ser símbolo de luta por justiça e contra a impunidade. Paraibuna não pode esquecer”, disse o vereador José Prado Junior (PT), conhecido como Juninho Social.
Ele aprovou na Câmara de Paraibuna o projeto de lei que cria o ‘Dia Municipal da Cultura de Paz’, celebrado anualmente no dia 11 de fevereiro, data da morte de Tiago.