CENSO DO IBGE

Pardos e pretos são maioria nas favelas de São José, aponta IBGE

Por Xandu Alves | São José dos Campos
| Tempo de leitura: 3 min
Repórter Especial
Reprodução
Comunidade do Banhado, em São José dos Campos
Comunidade do Banhado, em São José dos Campos

Pardos e pretos são maioria entre as pessoas que moram em favelas de São José dos Campos, segundo levantamento do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) com dados do Censo de 2022.

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A cidade conta com 12 favelas que abrigam 6.497 pessoas, sendo 3.286 homens e 3.211 mulheres. As faixas mais jovens são maioria entre os moradores de comunidades carentes na cidade, que possuem 1.711 crianças e adolescentes, de 0 a 14 anos, e 1.719 jovens de 15 a 29 anos.

A faixa de 30 a 44 anos conta com 1.461 moradores em favelas de São José, a de 45 a 59 anos tem 1.025, os de 60 a 74 anos são 475 pessoas e os mais velhos, acima de 75 anos, somam 106 moradores, segundo os dados do IBGE.

Quanto à raça do morador, segundo a definição do instituto, os pardos representam a maior parte dos habitantes das favelas joseenses, com 3.174 moradores, que representam 49% da totalidade. Acrescentando as pessoas pretas, a representatividade sobe para 60%, com 3.881 pessoas nas favelas, das quais 707 declaram-se pretos.

Isoladamente, os brancos são o segundo grupamento étnico mais representativo nas favelas de São José, contando com 2.604 pessoas, que representam 40% do total dos habitantes em áreas vulneráveis.

De acordo com os dados do IBGE, a cidade de São José reduziu o número de favelas na comparação com o Censo de 2010, com as áreas carentes caindo de 15 para 12. A população recuou de 7.310 para 6.497 pessoas.

Região.

As favelas no Vale do Paraíba abrigam mais de 82 mil habitantes, número que supera a população de 30 cidades da região. A população deu um salto de 344% entre os censos de 2010 e 2022 do IBGE, passando de 18.610 para 82.634.

A região tem 115 favelas, o que representa um aumento de 219,44% na comparação com as estatísticas de 2010, quando foram registradas 36 favelas no Vale.

No país todo, 16 milhões de pessoas moram em favelas. O IBGE captou um aumento de 43,46%, com quase cinco milhões de habitantes a mais nestas áreas em todo o Brasil desde 2010.

Municípios.

Catorze cidades da região têm favelas, segundo o IBGE, com a maioria dessa população ocupando comunidades no Litoral Norte. São Sebastião está no topo com 23 favelas em 2022, depois aparecem Ubatuba (18), Ilhabela (13) e Caraguatatuba (12).

Depois aparecem São José dos Campos (12), Campos do Jordão (11), Jacareí (10), Tremembé (6), Cruzeiro (4), Bananal (2) e quatro cidades com uma favela cada: Caçapava, Guaratinguetá, Lorena e Pindamonhangaba.

A maior população em favelas está em São Sebastião, com 24.619 habitantes, de acordo com o Censo 2022. Isso representa 30% do total de moradores da cidade, que tem 81.540 habitantes, também de acordo com o IBGE.

Ubatuba tem a segunda maior população em favelas (16.382), seguida de Campos do Jordão (9.063), Ilhabela (6.833), São José dos Campos (6.497), Jacareí (6.365) e Caraguatatuba (5.601).

As quatro cidades do Litoral Norte abrigam uma população de 53.435 pessoas em favelas, nada menos do que 64,66% do total de habitantes em comunidades carentes de toda a região.

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