Dos 19 vereadores que atuarão na Câmara de Taubaté na próxima legislatura, seis devem integrar a base de apoio ao prefeito eleito Sérgio Victor (Novo), um deve fazer oposição, quatro afirmaram que serão "independentes" e oito ainda não anunciaram que posicionamento adotarão com relação ao governo entre 2025 e 2028.
Clique aqui para fazer parte da comunidade de OVALE no WhatsApp e receber notícias em primeira mão. E clique aqui para participar também do canal de OVALE no WhatsApp
Dos seis nomes garantidos na base governista, três são os vereadores eleitos por partidos que integraram a coligação de Sérgio: Ariel Katz (PDT), Neneca (PDT) e Nicola Neto (Novo). Além deles, Alberto Barreto (PRD) também apoiou Sérgio desde o início da campanha, apesar de o partido dele, o PRD, ter apoiado Marcia do PL (PL) no primeiro turno e Ortiz Junior (Republicanos) no segundo turno. Já Dentinho (PP), que é do partido do prefeito José Saud (PP), apoiou Sérgio no segundo turno.
O sexto nome confirmado na base governista é o da vereadora eleita Zelinda Pastora (PRD). "O partido fechou com o Ortiz, eu não quis me pronunciar, mas o partido deixou livre. O Sérgio sabe, apoiei ele. Só não fiz de forma pública, porque não quis ir contra a decisão que o partido tomou. Mas apoiei o Sérgio e tive liberdade do partido para isso".
Oposição.
Por enquanto, apenas um vereador eleito anunciou que fará oposição ao governo de Sérgio. Trata-se de Isaac do Carmo (PT), que apoiou Coronel Paulo Ribeiro (PT) no primeiro turno.
"Nosso mandato será de oposição", disse. "Mas, acima de tudo, será um mandato de responsabilidade com a cidade. Aquilo que for importante que o Executivo traga para a cidade, o nosso mandato vai votar de acordo com o que é importante para a cidade. A gente espera que o governo que se elegeu possa ter no governo federal um importante parceiro, para melhoria em questões como saúde, habitação - Taubaté não teve, no governo atual, qualquer programa de moradia para população de baixa renda -, e obras do PAC [Programa de Aceleração do Crescimento]. Me coloco à disposição do governo para facilitar esse caminho. Mas, além de tudo, o mandato vai buscar que a Câmara tenha autonomia diante do Executivo".
Isaac ressaltou que fará uma "oposição propositiva" e que o bloco também deve ter a participação da vereadora Talita Cadeirante (PSB). Talita, no entanto, não atendeu a reportagem nessa segunda-feira (28) para confirmar a informação. No primeiro turno, Talita apoiou Loreny (Solidariedade). No segundo turno, a vereadora do PSB não fez manifestações públicas.
Independentes.
Dos vereadores que afirmaram que serão "independentes", três apoiaram Marcia no primeiro turno e Ortiz no segundo turno. "Eu vou ser um vereador independente. Não vou ser oposição ao Sérgio Victor, porque eu quero o bem da cidade, mas também não vou aprovar tudo que ele vai mandar para a Câmara Municipal. Aquilo que for bom para a população, com certeza vou votar e defender o projeto. Mas aquilo que for ruim para a população, vou votar contra. Mas com certeza vou ter diálogo aberto com o prefeito, o diálogo se faz necessário", disse Diego Fonseca (PL).
"Ainda temos que avaliar, a princípio entro com mandato independente", afirmou Moises Pirulito (PL). "Eu, por mim, procuro ter um posicionamento independente. Ser oposição por ser oposição é ruim. Podem ter coisas boas para a cidade [no governo]. Então, a princípio, até a gente entender qual será o jeito do Sérgio governar, serei independente", disse Bobi (PRD).
O outro vereador "independente" apoiou Loreny no primeiro turno e Ortiz no segundo turno. "Temos que pensar na cidade agora. Há muitos problemas a serem resolvidos. Vou aguardar o prefeito para um diagnóstico da atual situação e tentar colaborar no que for preciso. As pautas que forem importantes para ajudar o povo, ele poderá contar comigo. Aquelas que venham trazer algum tipo de risco, serei contra", disse Douglas Carbonne (Solidariedade).
Indefinição.
Dos vereadores que ainda não anunciaram que posicionamento adotarão com relação ao governo, um apoiou Saud no primeiro turno e não se posicionou no segundo turno. "Quero o bem para Taubaté. Vou me reunir com os vereadores e ver o melhor para Taubaté. Depois tomarei uma decisão [sobre o posicionamento com relação ao novo governo]", disse o vereador eleito Bilili de Angelis (PP).
Os outros seis vereadores indefinidos são de partidos que integravam a coligação de Ortiz. "Acho muito cedo para responder [que posicionamento adotarei]. Ele [Sérgio] nunca fez contato comigo, nem para pedir apoio e nem agora. Acho que preciso digerir ainda o resultado", disse Vivi da Rádio (Republicanos). "Vou aguardar um pouco, para ver o que vou seguir. Não temos proximidade, e dependo de ouvi-lo para poder definir a posição que tomarei", afirmou Jessé Silva (Podemos).
Os vereadores Boanerge dos Santos (União), Edson Oliveira (PSD), Nunes Coelho (Republicanos) e Richardson da Padaria (União) foram procurados pela reportagem nessa segunda-feira (28), mas não se manifestaram.
Maioria.
Obter maioria na Câmara é fundamental para que o prefeito aprove projetos. Como o Legislativo tem 19 cadeiras, a maioria simples em Taubaté é garantida com 10 parlamentares.
Outras propostas, como alterações na Lei Orgânica do Município, exigem maioria qualificada, que corresponde a dois terços da Câmara - no caso, 13 vereadores.