A FAB (Força Aérea Brasileira) recebeu mais uma caça supersônico F-39 Gripen entregue pela Saab, em contrato que prevê 36 aeronaves. Trata-se do oitavo caça operacional entregue pela companhia sueca.
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A aeronave decolou do Aeroporto de Navegantes com destino à Anápolis (GO), para integrar o 1º Grupo de Defesa Aérea.
O caça F-39 Gripen 4108 chegou ao Porto de Navegantes com o navio Heerengracht – bandeira Holandesa, em 23 de setembro. A aeronave foi transportada para o Aeroporto de Navegantes na madrugada de 24 de setembro, de onde foi preparada para o voo.
O percurso de Navegantes até a cidade de Anápolis, na região metropolitana de Goiás, teve duração de 1h21. O caça foi conduzido pelo piloto de testes do Instituto de Pesquisas e Testes da Força Aérea Brasileira, tenente-coronel Cristiano de Oliveira Perez e pousou às 16h48 de 26 de setembro.
Este é o oitavo caça Gripen E operacional entregue pela Saab à FAB. O modelo monoposto foi produzido na Suécia, conforme contrato firmado entre o país e o governo brasileiro.
Embraer.
Após um ano da inauguração, a linha de produção do Gripen E no Brasil, instalada na unidade da Embraer em Gavião Peixoto, alcançou um marco importante: a primeira aeronave concluiu a fase inicial de produção e agora entra na montagem final.
“Esta é uma conquista significativa tanto para a Saab quanto para a Embraer, uma vez que o primeiro caça Gripen produzido no Brasil chega à fase final de montagem”, afirmou Hans Sjöblom, gerente geral da Saab em Gavião Peixoto.
“Como parte de um extenso programa de transferência de tecnologia, esta é a primeira linha de produção do Gripen estabelecida fora da Suécia e estamos realmente impressionados com a excelência demonstrada pelos funcionários da Embraer.”
A primeira aeronave Gripen passou pela montagem estrutural, fase na qual as quatro principais aeroestruturas – a fuselagem dianteira, a unidade de armamento, a fuselagem central das asas e a fuselagem traseira - são juntadas.
Ainda nesta fase, os tanques de combustível são selados, testes de pressão são conduzidos tanto no cockpit como nos tanques e medições geométricas são feitas. Ao final desta fase, é realizada a limpeza, pintura interna e aplicação de um verniz anticorrosivo em uma cabine de pintura externa.
“Os profissionais da Embraer que trabalham na linha do Gripen passaram por um extenso treinamento na fábrica da Saab em Linköping para garantir que estejam bem-preparados para suas funções”, comentou Walter Pinto Junior, COO da Embraer Defesa & Segurança “O conhecimento adquirido na Suécia não apenas enriqueceu nossa equipe, mas também trouxe ensinamentos valiosos e tecnologias avançadas para a Embraer, contribuindo para nosso crescimento e inovação contínuos”.
Montagem final.
De volta ao hangar do Gripen, a aeronave entra na fase de montagem final, que consiste em três estações. Na primeira, a fuselagem recebe aproximadamente 35 quilômetros de cabo e 300 metros de canos.
Na segunda, é feita a instalação dos aviônicos, da unidade auxiliar de partida (APU), do motor, do rádio, do estabilizador vertical, entre outros componentes. Na última estação o software da aeronave é instalado, testes funcionais são performados e a aeronave retorna para a cabine de pintura para receber a camuflagem operacional.
Uma vez concluído esse processo, inicia-se a fase de preparação de voo, onde a calibração final de vários sistemas, como o de navegação, combustível e controle de voo é feita. O motor também é acionado pela primeira vez, testes funcionais são concluídos e ensaios em voo de produção são conduzidos para garantir que a aeronave funcione de acordo com o projeto verificado e certificado.
Após os testes, a aeronave é transferida para o último hangar, onde tem início o processo de entrega ao cliente. O primeiro Gripen E produzido no país será entregue à Força Aérea Brasileira em 2025. Além desta aeronave, um segundo caça está finalizando a montagem estrutural e um terceiro iniciará a produção em julho.
Linha de produção.
A Saab e a Embraer inauguraram a linha de produção do Gripen E no Brasil, nas instalações da Embraer em Gavião Peixoto (SP), em 9 de maio de 2023, um marco importante no programa de transferência de tecnologia, onde estão sendo produzidas 15 das 36 aeronaves atualmente contratadas pela Força Aérea Brasileira.
No mesmo local, estão sediados o Centro de Projetos e Desenvolvimento do Gripen (Gripen Design and Development Network - GDDN) e o Centro de Ensaios em Voo do Gripen (Gripen Flight Test Centre - GFTC), integrando as fases de desenvolvimento, produção e testes da aeronave no Brasil.