A construção da creche da Estiva, em Taubaté, vai atrasar mais três meses. A unidade, que começou a ser erguida em maio de 2023, deveria ter ficado pronta em 10 meses (ou seja, em março desse ano), mas o prazo já foi estendido quatro vezes: primeiro para 7 de junho, depois para 6 de julho, para o dia 4 de setembro e, agora, para 16 de dezembro.
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A obra custaria inicialmente R$ 3,274 milhões, sendo R$ 3,074 milhões do governo estadual e o restante da Prefeitura, mas na primeira prorrogação, em março, o valor passou para R$ 3,854 milhões. A creche deverá ter seis salas de aula, com estimativa para atender até 150 crianças.
Questionada, a Prefeitura alegou nessa quinta-feira (19) que "o projeto arquitetônico, fornecido pelo FDE [Fundação para Desenvolvimento da Educação, vinculada ao governo estadual], é deficiente em questão de detalhamento, e que o mesmo consta vários itens obsoletos para atualidade". A obra, segundo a Secretaria de Educação, está com 85% de execução.
Anteriormente, sobre o fato de o contrato ter ficado R$ 580 mil mais caro, a secretaria afirmou que o aditamento foi necessário "visto que as planilhas orçamentárias eram de 2014, ano em que foi firmado o convênio" entre município e estado.
Promessas.
Na campanha de 2020, o prefeito José Saud (PP) prometeu "zerar a fila de espera das creches, abrindo novas salas e fazendo parcerias", mas isso não foi feito. Atualmente, por exemplo, 715 crianças aguardam por uma vaga. Em novembro de 2021, a Secretaria de Educação anunciou que iria abrir um chamamento público para contratar vagas em creches particulares, mas em agosto de 2023 a pasta admitiu que a proposta não será levada adiante, sob a alegação de que "um estudo" mostrou que não seria "viável em função da localização da demanda reprimida".
Até agora, a única creche inaugurada no governo Saud – a do Bardan, em junho de 2021, com capacidade para 150 crianças – começou a ser construída ainda em abril de 2018, na gestão do ex-prefeito Ortiz Junior (Republicanos). A creche da Estiva também é referente a um convênio firmado com o governo estadual na gestão Ortiz.
O governo Saud alega que, para tentar reduzir a fila de espera, adota também medidas como "busca ativa para verificar abandono ou desistência de vagas", "readequações de espaços físicos" e "ampliações" em "prédios escolares de educação infantil".