
Acusado de degolar um homem gay em São José dos Campos, um matador de 41 anos foi preso na região central da cidade. Investigado desde o crime, em 2013, ele foi detido por investigadores da Polícia Civil, nesta terça-feira (3).
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Célio Pereira da Silva foi denunciado por ter matado a golpes de faca o cabeleireiro Amarildo Custódio de Oliveira, de 42 anos, em maio de 2013.
Amarildo foi encontrado com o pescoço cortado e jogado numa valeta de água numa das entradas de um condomínio do bairro Urbanova, na região oeste de São José.
Na época, o companheiro de Amarildo só não foi assassinado porque conseguiu fugir dos matadores.
Além de Célio, foram investigados e denunciados pelo crime, em acusação feita pelo Ministério Público, outros dois homens: Eder Borrelio Mello e Luiz Cláudio Alves, que já morreram.
Homofobia.
Amarildo vivia com seu companheiro, em união estável, num quarto alugado no bairro de Santana, na região norte de São José, e eram inquilinos do pai de um dos matadores.
Por estarem com o aluguel em atraso, os dois homens gays foram despejados pelo dono do imóvel, e desentenderam-se com ele.
Segundo a investigação, Eder chamou dois amigos para retirarem os pertences das vítimas do quarto alugado, sendo que chegaram a discutir com eles, deixando as coisas na calçada.
Não contentes com a humilhação, os acusados decidiram dar cabo da vida de Amarildo e seu companheiro, e foram no encalço do casal.
Um deles conseguiu fugir da perseguição, mas Amarildo foi capturado pelos criminosos e obrigado a entrar num carro. Ele foi levado para Urbanova e atacado pelos criminosos.
Segundo a polícia, foi Célio quem cortou a garganta da vítima. Os matadores levaram o carro embora e o lavaram para retirar as marcas de sangue.
A denúncia aponta que o crime aconteceu por motivo torpe, em razão de as vítimas serem homossexuais e deverem aluguel para o pai de um dos matadores.
Com Eder e Luiz Cláudio mortos, restou a Célio responder pelo crime. Ele foi preso a partir de um mandado de prisão preventiva expedido em fevereiro deste ano e será encaminhado à cadeia pública de Caçapava.
A Polícia Civil informou que ele já foi pronunciado pela Justiça e agora vai ser julgado no plenário do Júri.