
O motorista Guilherme Ribeiro Fernandes, 39 anos, que morreu em grave acidente na SP-50, em São José dos Campos, trabalhava com aquilo que mais amava: dirigir caminhões.
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Segundo a família, ele era caminhoneiro há cerca de 15 anos depois de ter sido motorista de ônibus. Guilherme era pai de um menino de cinco anos, morava em Pouso Alegre (MG) e faria 40 anos em 1º de setembro.
A cunhada dele, Sandra Eliza Assis, contou que Guilherme era apaixonado pelo trabalho nas estradas e estava na expectativa de guiar um novo caminhão.
Ele era funcionário de uma empresa de transporte e tinha experiência de dirigir caminhões grandes (bitrem). Segundo a família, Guilherme costumava carregar o caminhão com cargas em São José dos Campos e em Paulínia, para levar até Pouso Alegre.
“Ele estava sempre sorrindo, tinha cara de menino, era batalhador e muito feliz. Não tinha vícios. O sonho dele sempre foi ser carreteiro, e não havia caminhoneiros na família. Ele morreu fazendo o que mais amava”, disse Sandra.
Acidente.
Guilherme transportava combustível em um caminhão-tanque que caiu em uma ribanceira no km 111 da SP-50, no trecho de São José dos Campos, às 11h50 de terça-feira (20).
Ele morreu no local da queda e seu corpo só pode ser retirado das ferragens 24 horas depois do acidente, que interditou a estrada por completo. O trecho foi liberado às 15h desta quarta-feira (21).
O corpo do motorista foi levado ao IML (Instituto Médico Legal) de São José como parte da investigação da Polícia Civil. De lá, ele seguirá para Pouso Alegre, onde será sepultado. A liberação deve ocorrer nesta quarta.
O caso foi registrado no 4º Distrito Policial de São José como morte suspeita e é investigado pela Polícia Civil.
Causa do acidente.
Segundo Sandra, ainda não se sabe o que causou o acidente. O corpo de Guilherme passou por autópsia em São José, e o resultado do exame pode ajudar na investigação sobre o que aconteceu com o motorista.
“Não sabemos a causa do que aconteceu, porque não teve testemunha. Não sabemos se entrou algo na frente dele, se algo o fechou, não sabemos explicar”, afirmou Sandra, que veio a São José acompanhar o translado do corpo do cunhado.
“Ele estava bem, passou a segunda o dia todo com a gente, tomou café, almoçou, jantou e estava muito bem. Foi dormir por volta de 21h e acordou às 5h para vir nessa viagem.”