TRADIÇÃO JUDAICA

Saiba como é o enterro judaico que Silvio Santos pediu à família

Por Da redação | São José dos Campos
| Tempo de leitura: 2 min
Reprodução / Instagram
Silvio Santos em foto com a família
Silvio Santos em foto com a família

A família de Silvio Santos, que morreu aos 93 anos neste sábado (17), revelou que o apresentador deixou entre os seus últimos pedidos o de não querer um velório. Ele queria que o corpo fosse logo levado para o cemitério, e fosse feito em uma cerimônia restrita à família e amigos próximos.

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Em comunicado, a família explicou que ele pretendia continuar a ser lembrado com alegria e que todos os ritos de passagem fossem feitos conforme a tradição judaica, religião do empresário, em cerimônia sem ostentação.

Logo que uma pessoa morre, um grupo de judeus especializados realiza os cuidados com o corpo do ente querido. O corpo primeiro é lavado, depois envolto em mortalhas brancas e simples, chamadas de Tach’richim. O corpo é colocado no caixão e este fica fechado. A tradição considera um desrespeito ao morto ser velado em caixão aberto – os judeus não cultuam os mortos.

Além disso, é recomendado que o sepultamento seja feito o mais rápido possível depois que a pessoa morreu. O judaísmo entende que enquanto o corpo não for enterrado, a alma ainda não está em repouso. A tradição também pede que não seja feito enterros aos sábados – o Shabat – por ser o dia de descanso. O período sagrado termina com o pôr do sol.

Na cerimônia fúnebre, há o momento de leituras de salmos e discursos de pessoas queridas. No enterro em si, os presentes ajudam a cobrir o caixão com terra, sendo um de cada vez.

O apresentador morreu neste sábado, às 4h50, em decorrência de broncopneumonia após infecção por Influenza (H1N1), conforme informou o hospital Albert Einstein.

"Queremos dizer para vocês que por muitas vezes, ao longo da vida, a medida que nosso pai ia ficando mais velho, ele ia expressando um desejo com relação à sua partida. Ele pediu para que assim que ele partisse, que o levássemos direto para o cemitério e fizéssemos uma cerimônia judaica”, disse a família Abravanel, em nota.

“Ele pediu para que não explorássemos a sua passagem. Ele gostava de ser celebrado em vida e gostaria de ser lembrado com a alegria que viveu. Ele nos pediu para que respeitássemos o desejo dele. E assim vamos fazer. Por este motivo, pedimos a compreensão de todos vocês”, completou.

* Com informações do Extra

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