SÃO JOSÉ

Sem mais recursos, Prefeitura terá que regularizar o Canindu

Por Julio Codazzi | São José dos Campos
| Tempo de leitura: 2 min
Claudio Vieira/PMSJC
Ação judicial tramitava desde julho de 2019
Ação judicial tramitava desde julho de 2019

Sem novo recurso por parte da Prefeitura de São José dos Campos, chegou ao fim esse mês o processo em que o município foi condenado a regularizar os núcleos urbanos Chácaras Canindu 1 e 2, Chácaras Havai e adjacências, que ficam na região norte.

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A ação, que tramitava desde julho de 2019, havia sido proposta pela Defensoria Pública e pela associação de moradores. No processo, a Defensoria alegava que os bairros "formaram-se como núcleos urbanos na década de 1980 e se consolidaram na década de 1990", e que até agora não foram regularizados.

Na sentença, em outubro do ano passado, o juiz Silvio José Pinheiro dos Santos, da 1ª Vara da Fazenda Pública, determinou que a Prefeitura apresentasse em 90 dias o cronograma de conclusão do processo de regularização fundiária, sob pena de multa diária de R$ 1.000 caso o prazo não fosse respeitado.

A Prefeitura recorreu, mas a apelação foi rejeitada pela 9ª Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça em março desse ano. Na decisão, o relator do processo, desembargador Ponte Neto, apontou que "ficou demonstrada a inequívoca responsabilidade do município apelante e o consequente dever de regularizar a área, por ser um dos causadores direto dos danos da ordem urbanística e ao meio ambiente", pois, "ao invés de se utilizar de seu poder/dever de polícia, fiscalizando a adequação das ocupações, omitiu-se, permitindo a manutenção de intervenções que reconhece ser irregular".

Como a Prefeitura não apresentou novo recurso, o processo chegou ao fim esse mês. Agora, a ação retornará à 1ª Vara da Fazenda Pública de São José, para o cumprimento da sentença - ou seja, para a abertura do prazo de 90 dias para que o município apresente o cronograma de conclusão do processo de regularização fundiária.

Questionada pela reportagem, a Prefeitura afirmou nessa quarta-feira (31) "que aguarda a finalização da atualização do PMRR (Plano Municipal de Redução de Riscos), que está sendo realizado neste momento pelo IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas)", e que, "após o estudo, será possível fazer o cronograma para regularização dos núcleos".

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