A nadadora brasileira Ana CarolinaVieira, que mora em Ubatuba, usou as redes sociais na noite deste domingo (28) para se pronunciar pela primeira vez sobre sua expulsão das Olimpíadas de Paris 2024. Em vídeos nos stories do Instagram, ela negou ter tido qualquer má conduta e relatou sentir-se "desamparada" em Portugal.

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A atleta revelou ter feito uma denúncia de assédio sexual contra um membro da seleção brasileira de natação ao COB (Comitê Olímpico Brasileiro), mas não ter recebido nenhuma resposta. "Não consegui falar com ninguém. Me mandaram falar com os canais do COB, mas como vou entrar em contato com os canais do COB se já fiz uma denúncia e nada foi resolvido, de assédio dentro da seleção?", questionou.

Ana Vieira não detalhou o ocorrido, mas afirmou que irá divulgar todos os fatos com a ajuda de um advogado. "Vou falar tudo, falar com meus advogados, tudo certinho. Prometo falar tudo. Estou em, estou triste, nervosa, não sei. Mas estou com coração em paz. Sei do meu caráter e da minha índole. Isso que importa. Espero poder defender a natação brasileira e feminina. Contem comigo. Só peço um tempo e um pouco de paciência", disse.

A nadadora também relatou ter sido retirada da Vila Olímpica de forma abrupta e sem ter a oportunidade de se despedir e de organizar seus pertences. "Não consegui contato com ninguém a partir do momento que sai da sala que anunciaram que eu estava fora por causa das más condutas. Vou provar tudo que não tive má conduta nenhuma. Quando sai da sala, minha cara estava em todas as páginas possíveis. Eu não consegui ter contato com ninguém. Não consegui ficar sozinha em nenhum momento. Tinha uma moça me acompanhando o tempo todo. Queria falar com psiquiatra, ela não deixou num primeiro momento. Não consegui buscar uma água. Graças a Deus, depois, pude falar com ele (psiquiatra)", reclamou.

Vieira disse ainda que está em Portugal e que retornará ao Brasil pelo aeroporto de Recife. "Sai de lá, deixei meus materiais, não sabia o que fazer. Minhas coisas estão lá. Fui para o aeroporto de short. Tive que abrir minha mala toda no aeroporto. Estou em Portugal, vou para Recife, para depois ir para São Paulo. Estou desamparada, não tive acesso à nada e falar com ninguém", finalizou.