ESCOLA MUNICIPAL

Criança de 2 anos foge de escola municipal de São José

Família encontrou a criança com o uniforme da escola nas imediações da unidade escolar, caminhando sozinha em uma calçada elevada

Por Jesse Nascimento | 4 dias atrás | Tempo de leitura: 3 min
São José dos Campos

Reprodução

Pai retirou criança da escola depois do incidente
Pai retirou criança da escola depois do incidente

Uma criança de apenas dois anos conseguiu fugir de uma escola municipal de  São José dos Campos, no Jardim das Indústrias, na zona oeste da cidade, sem ser notada pelos servidores.

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O caso, que aconteceu em 8 de maio na Escola Municipal de Educação Infantil Mário Campaner, só terminou sem maiores consequências porque houve a intervenção de uma família.

Eles encontraram a criança com o uniforme da instituição nas imediações da unidade escolar, caminhando sozinha em uma calçada elevada. A criança foi levada de volta ao local. As informações são do Portal Life Informa.

O incidente ocorreu por volta das 12h, durante o horário de saída da escola. Conforme relatos, uma professora foi trocar um aluno enquanto a outra ficou responsável pelas crianças. As crianças estavam agitadas e a professora as deixou na frente da sala, momento em que a criança pegou sua mochila e lancheira e saiu sem ser notada.

A criança passou pela professora, atravessou o pátio da escola e passou pelo porteiro. Só foi notada quando uma família a viu atravessando uma faixa de pedestres e interveio.

“Eles perguntaram ‘cadê a mamãe?’ e ele ergueu as mãos e disse ‘cadê mamãe?’. Nesse momento, eles levaram meu filho de volta para a escola”, relatou o pai.

Em entrevista ao Life Informa, o pai da criança disse que não recebeu apoio suficiente da Secretaria da Educação após o incidente, deixando seu filho muito inseguro.

“Já falamos com a Secretaria da Educação, Conselho Tutelar e fizemos o boletim de ocorrência, porém a impressão que dá é que estão fazendo de tudo para que o caso caia no esquecimento”, relatou o pai.

Ele mencionou que seu filho foi encontrado fora das dependências da escola por um estranho, que o viu perdido na rua com o uniforme e o levou de volta para a escola.

O pai ainda relatou que filho sempre gostou de ir para a escola. “Ele não teve dificuldade de adaptação. Então acredito que a professora brigou com ele de forma mais agressiva quando ele foi direcionado de volta para ela”.

OUTRO LADO.

A Prefeitura de São José dos Campos afirmou que se trata de um caso isolado. A Secretaria de Educação e Cidadania disse que reforçou todas as orientações com a equipe gestora da unidade.

Sobre a presença de câmeras de segurança na escola, a prefeitura informou que, embora as imagens existam, não podem ser fornecidas aos pais devido à LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados). As imagens são preservadas e fornecidas apenas mediante requisição de autoridade competente.

Foi aberto um processo para investigação do caso e todos os procedimentos cabíveis foram realizados, incluindo a emissão da ficha Sinan e envio da ocorrência ao Conselho Tutelar. A Secretaria da Educação justificou a necessidade de sigilo no caso, citando o artigo 13 do Decreto n. 19513/2024, que regulamenta os procedimentos investigativos relacionados a servidores públicos.

A direção da escola acolheu a família para prestar esclarecimentos e a equipe do Serviço de Orientação Educacional da Secretaria de Educação atendeu a família, oferecendo-se para novos atendimentos.

Em comum acordo, foi realizada a troca de sala do aluno em 13 de maio, e posteriormente foi oferecida a possibilidade de troca de escola, que a família recusou, optando pela baixa da matrícula em 3 de junho.

A prefeitura informou que o Setor de Orientação Educacional atua em todas as escolas municipais, promovendo o desenvolvimento integral dos alunos com ações preventivas, orientações, projetos e em parceria com assistentes sociais, psicólogos e a equipe técnica da Secretaria de Educação, visando garantir uma resposta rápida e eficaz a incidentes futuros.

O pai disse que retirou o filho da escola por não ter recebido nenhum apoio da prefeitura. Ele decidiu expor o caso para garantir que incidentes semelhantes não aconteçam novamente, buscando conscientizar a comunidade e pressionar por melhorias na segurança e supervisão nas escolas municipais.

* Com informações do Portal Life Informa

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2 COMENTÁRIOS

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  • Rosimari
    4 dias atrás
    Caso isolado não! Ano passado, no então CEDIN Joana Mattar, uma criança de 05 anos TB saiu sem ser notada e foi encontrada por transeuntes, já próxima do mercado Simpatia. Desde que terceirizaram a Educação Infantil na cidade, casos absurdos, como esse, tem acontecido. Tentei investigar o número de acidentes nessas escolas, desde a terceirização, para vocês verem a realidade... BOM MESMO É VIVER EM SJC!
  • FERNANDO HENRIQUE DOS SANTOS
    4 dias atrás
    Infelizmente, situações como esta acontecem, infelizmente aconteceu agora com esta família. Não culpo a professora e a auxiliar de sala neste caso, mas agora o restante da escola e com certeza a escola tem alguém na portaria, esta pessoa precisa ter sua atenção no mínimo chamada, como uma criança sai sozinha e ninguém vê? não conheço esta escola, mas acredito que seja de pelo menos 25 alunos na sala, isto se não tiver mais e criança ainda, não é fácil, descuidou um segundo e já era.