ACHADA EM TAUBATÉ

Achada em Taubaté após 64 dias, aventura de jovem vai virar livro

Por Da redação | São José dos Campos
| Tempo de leitura: 3 min
Reprodução
Pai quer contar detalhes do sumiço da adolescente e da luta para encontrá-la em Taubaté
Pai quer contar detalhes do sumiço da adolescente e da luta para encontrá-la em Taubaté

Todos os detalhes do drama e da luta para encontrar a jovem Amanda Cestari Guedes de Castro, de 14 anos, desaparecida por mais de dois meses, devem ser contados em um livro, a ser escrito pelo pai dela com a participação da própria adolescente.

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Amanda saiu de casa, em Santo André, no ABC paulista, no dia 1º de abril com uma mochila escolar preta e R$ 200. Desde então, não foi mais vista. Ela foi encontrada por uma assistente social que a reconheceu tomando café da manhã em um centro de apoio à população de rua em Taubaté, o Centro Pop (Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua), que fica no Jardim Maria Augusta.

Entre o desaparecimento e o encontro, Amanda viveu situações inusitadas, passando por cidades da Grande São Paulo, Rio de Janeiro e Taubaté. Ela ainda pretendia ir para a Bahia.

Ao ABCD Jornal, o pai da jovem disse que pretende, em breve, escrever um livro descrevendo a aventura de Amanda nesses 64 dias e contando também tudo que a família fez até o dia do reencontro.

Segundo o pai da jovem, Vagner Guedes de Castro, de 56 anos, que tem uma carreira acadêmica, a menina está bem e até conta “com uma riqueza de detalhes” sobre a experiência vivida, segundo ele informou ao Metrópoles.

Esses detalhes serão contados no livro, segundo Vagner. E a história tem suspense, drama e muita aventura.

MISSÃO RELIGIOSA.

De acordo com o pai, a filha desapareceu após uma briga com as amigas por uma rede social. O motivo seria o fato de Amanda não parar de comentar sobre seu interesse na religião de Umbanda.

À época, o pai disse que a menina demonstrava muito interesse em conhecer a prática e queria visitar algum terreiro, experiência que foi prometida pela família para as próximas férias escolares. A briga entre a adolescente e as amigas teria sido responsável por um “surto emocional”.

“Ela simplesmente fugiu de casa, pois tinha em mente que deveria cumprir uma missão religiosa. A família já tinha conhecimento dessa vontade dela em conhecer mais a fundo algumas religiões afro, todavia dissemos à mesma que ela teria que aguardar um pouco até conhecermos um local onde pudéssemos confiar, porém a mesma não teve paciência para aguardar”, contou o pai ao ABCD Jornal.

“O estopim dessa decisão foi a briga que ela teve nas redes sociais com duas amigas em que ela tinha muita consideração. Juntou a imaturidade, ansiedade e incapacidade de assimilar um golpe e o resultado foi um surto emocional que a levou a cometer esse ato falho”, completou.

MADONNA.

Durante os 64 dias em que esteve desaparecida, Amanda saiu de São Paulo, foi para o Rio de Janeiro, voltou para São Paulo e estava a caminho da Bahia quando foi reconhecida em Taubaté. Ela passou quase um mês no Rio de Janeiro, onde foi vista catando latas no show da Madonna.

O pai registrou um boletim de ocorrência no DHHP (Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa) de Santo André, mas também realizou uma investigação própria, acompanhando os passos da filha pelos primeiros três dias por meio de denúncias e imagens de câmera de segurança.

Vagner disse que foi convocado ao 1°Distrito Policial de Taubaté, no final da manhã do último dia 4 de junho, para reencontrar-se com sua filha. Ela estava um pouco desorientada e confusa no momento do reencontro. Devido a seu estado, o reencontro com a família não foi registrado em vídeo.

“A mãe dela entrou em depressão e, infelizmente, precisou se afastar do trabalho por 60 dias. Certamente, o retorno da Amanda será um santo remédio para a sua recuperação”, afirmou Vagner.

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