Maior indústria bélica do país, a Avibras Aeroespacial tem outra oferta para ser vendida, segundo o ministro da Defesa, José Múcio Monteiro. A empresa australiana que negociava a compra da Avibras desistiu do negócio e outra empresa fez uma proposta para a compra de parte da companhia. O nome da interessada não foi revelado. A Avibras também não comentou.
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Em abril, a Avibras divulgou um comunicado sobre negociação de venda para a empresa australiana DefendTex. As tratativas estavam avançadas, mas os australianos desistiram do negócio.
Sem revelar a origem da proposta, Múcio comentou sobre o assunto durante evento online em comemoração aos 25 anos do Ministério da Defesa.
“Havia uma empresa da Austrália interessada, mas que essa semana disse que não está mais interessada. E hoje apareceu um novo candidato, pediu sigilo, hoje à tarde eu recebi uma carta de um país muito forte, de uma empresa, dizendo que tinha interesse em entrar nisso com 49% e o resto seria capital brasileiro. De maneira que nós estamos trabalhando para que isso aconteça. Há um interesse absoluto das forças armadas em manter a Avibras e o presidente Lula, diariamente, me cobra isso”, disse Múcio.
A Folha de São Paulo informou que a proposta veio de uma empresa da China. Segundo o jornal, o interessado na compra da Avibras seria a Norinco, empresa estatal chinesa.
A venda da Avibras é considerada uma forma de a empresa se recuperar financeiramente, manter as fábricas no Brasil e retomar a operação para cumprir contratos.
CRISE.
Avibras está em crise há cerca de uma década. Os funcionários estão há mais de dois anos sem trabalhar e sem receber salários. A Justiça homologou a recuperação judicial pedida pela empresa, etapa necessária para uma possível negociação.
Em maio deste ano, cerca de 400 funcionários da Avibras em Jacareí encerraram o período de layoff (suspensão temporária do contrato de trabalho) na empresa e iniciaram o período de licença remunerada, em junho.
Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos de São José, cerca de 800 trabalhadores estão em greve e outros 400 funcionários estavam em layoff - agora em licença remunerada - sem receber os salários há mais de um ano. O sindicato cobra o pagamento dos atrasados.
Em 22 de março de 2022, a Avibras pediu recuperação judicial, alegando uma dívida de R$ 600 milhões. Em julho de 2023, credores aprovaram o plano de recuperação judicial da empresa.
Comentários
5 Comentários
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Wellington 20/06/2024Se for a NORINCO será muito bem vinda à Avibras. Essa empresa é a principal fornecedora de equipamentos bélicos chinês. Exporta para o mundo todo. Nossos sistemas de foguetes autopropulsados ganharão novas tecnologias embarcadas.
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JOAO CARLOS MARTINS ROCHA 20/06/2024Creio q a Weg ou Embraer seriam as empresas ideais para assumir a avibras, tem excelência em todos os aspectos, talvez com uma mãozinha do BNDES e acordo com credores....
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Wellington 20/06/2024NORINCO CHINA WELCOME TO BRAZIL
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Márcio 19/06/2024Ótimo que seja a China , assim saímos do imperialismo americano !
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Sebastião Dias Filho 18/06/2024Nem pensar! Vender uma industria belica à China é comprar o caixão antecipado. País que não respeita seus cidadãos e os escravizam até hoje. Nem tudo é dinheiro!