IZAIAS SANTANA

Uma cidade é feita também de gente esquecida, que sofre!

Por Izaias Santana | Prefeito de Jacareí. Doutor em Direito pela USP e Professor na UNIVAP.
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As dores que cada ser humano sofre, só ele pode medir a dimensão. Estatísticas, pesquisas, estudos, amostragens podem nos fornecer uma ideia do que isso representa, mas somente quem sofre pode medir e dar a devida importância em sua vida.

Nós, agentes públicos, somos treinados para ver o macro, para pensar em políticas universais ou que atendam ao maior número possível de pessoas. No entanto, nem toda política atende a todas as pessoas, algumas vão ficando esquecidas. Vão sendo deixadas para trás, para quando couber no orçamento. É preciso olhar para elas também.

Começo citando as vítimas da violência doméstica. O ambiente que deveria ser exclusivamente de afeto, de amor, de bondade, acaba por vitimar a mulher, a criança, o adolescente e o idoso, de diversas formas, da psicológica à física.

Para a proteção da mulher, quando já caracterizada a situação de efetiva violência, temos a Delegacia de Proteção à Mulher e a Unidade de Abrigamento Provisório, onde, se necessário, a mulher poderá buscar socorro.

A nossa Guarda Municipal tem o pelotão “Maria da Penha”, especializado em enfrentamento à violência contra a mulher, cujo nome honra a cidadã vítima da violência de ex-companheiro.

Criamos o “Família Segura”, um programa que treina, capacita, monitora a rede (educação, saúde, assistência, segurança e esporte) que atende à mulher, à criança e ao adolescente, e aos idosos vítimas de violência.

Também aperfeiçoamos a rede protetiva da criança e do adolescente vítima de violência, cuja atuação já foi objeto de programa da TV Cultura e, por ter parceria indispensável com o Ministério Público do Estado, já recebeu prêmio.

As pessoas em situação de rua recebem de nossa administração todos os serviços disponíveis (Casa de Passagem, Abordagem Social, Consultório na Rua, Centro Pop) e fazemos encontros com os usuários dos serviços a cada dois anos para discutir, visando seu aprimoramento.

Nos dá orgulho poder entregar serviços às pessoas com diagnósticos de doença mental. Nossos CAPS e os serviços de retaguarda, com todas as dificuldades, têm dado conta dessa difícil e fundamental política. É um momento alto poder participar da caminhada da luta antimanicomial.

Por fim, as pessoas que estão residindo em áreas de risco recebem o benefício do aluguel-social e são incluídas, preferencialmente, nos programas habitacionais.

No final do mandato, perguntam qual marca você vai deixar. Sem dúvida, olhar e atender os que são esquecidos e ampliar ao máximo os serviços disponíveis é uma marca que, orgulhosamente, ostento no nosso governo.

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