
Nascida em Taubaté, Nelma Kodama, 57 anos, trocou a carreira na Odontologia para se tornar a primeira mulher presa na Operação Lava Jato, acusada de movimentar milhões de dólares ilegalmente.
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Ela é a estrela do novo documentário da Netflix: “Doleira: A História de Nelma Kodama”, que chegou à plataforma na quinta-feira (6). O filme tem 1h34min e é dirigido por João Wainer, 48 anos.
Nelma Kodama foi presa em 2014 com 200 mil euros escondidos em suas roupas. Foi condenada na Lava Jato por operar câmbio ilegalmente com dinheiro de corrupção. O documentário mostra como a vida de Nelma tornou-se uma "trama de novela", envolvendo amor, sexo, traição e milhões em dinheiro ilegal.
Persuasiva, Nelma era responsável por disponibilizar grandes quantias em dinheiro vivo para propinas em Brasília até ser presa (e ganhar visibilidade nacional) ao tentar embarcar com 200 mil euros escondidos na roupa -- alguns dizem que na calcinha, o que ela nega.
O documentário mostra como Kodama tornou-se doleira. Depois, foi amante e sócia de Alberto Youssef, personagem central no esquema de corrupção investigado na Lava Jato. A trajetória é contada por meio de dramatizações e depoimentos, como de jornalistas, especialistas e envolvidos nos esquemas. Um deles é Luccas Pace Júnior, operador de dólar e ex-braço direito de Nelma, além da própria doleira.
OPERAÇÕES
Kodama fazia operações de câmbio para contrabandistas da rua 25 de Março, na região central de São Paulo. Por isso tinha sempre muito dinheiro em espécie, usado por Youssef para pagar propina a políticos sem deixar rastros.
“Essa conexão entre o contrabando da 25 de Março com a Lava Jato para mim foi uma coisa nova. Esses casos não têm ligação. Mas era o mesmo dinheiro físico”, disse Wainer ao Poder 360.
Em 2014, o então juiz e hoje senador Sergio Moro (União Brasil-PR) condenou Kodama a 18 anos de prisão. Ela fez um acordo de delação premiada em 2016 e passou à prisão domiciliar. Usou tornozeleira eletrônica até 2019.
Em 2022, foi presa em Portugal sob acusação de participar de uma quadrilha internacional de tráfico de drogas. Foi extraditada para o Brasil. Teve a delação premiada da Lava Jato revogada em abril de 2023.
Em 2019, Nelma lançou o livro “Imperatriz da Lava-Jato”, que narra sua trajetória pessoal e profissional. Foi a primeira vez que ela abriu os diários que escreveu no cárcere e compartilhou sentimentos, reflexões, polêmicas e seu contato com outros personagens importantes e presos na Lava Jato, como Marcelo Odebrecht e Nestor Cerveró.
Comentários
1 Comentários
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Sergio luiz 11/06/2024171 , pra enganar trouxas !