
No dia em que saiu da prisão, matou a namorada.
Esta é a principal suspeita da polícia, que investiga a morte da operadora de telemarketing Tayane Cristina Rodrigues, 28 anos, em Taubaté. Bruno de Sousa Rocha, 26 anos, apontado como principal suspeito, deixou a cadeia no dia 12 de maio, domingo do Dia das Mães, na mesma data em que teria cometido o crime. Bastante ferida, a vítima ficou internada por 25 dias, na UTI (Unidade de Terapia Intensiva), e morreu no dia 6 de junho.
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Dois meses antes do crime, Tayane havia acionado a Polícia Militar após ter sido vítima de agressão. Na ocasião, Bruno acabou sendo preso, porque estava devendo pensão alimentícia, saindo da cadeia no Dia das Mães (12 de maio). O caso de feminicídio está sendo investigado pela DDM (Delegacia de Defesa da Mulher). Não há informações sobre o paradeiro do suspeito.
"Desde a comunicação do fato à Polícia Civil, foi instaurado inquérito policial para apuração dos fatos. Com a comunicação do falecimento da vítima, aguardamos a conclusão do laudo necroscópico, e as investigações prosseguem pela Delegacia de Defesa da Mulher de Taubaté. Sem mais detalhes para não prejudicar as investigações", informou a Polícia Civil a OVALE.
O CASO.
Tayane morreu vítima de feminicídio em Taubaté, após ficar internada por 25 dias na UTI. O caso está sendo investigado pela Polícia Civil.
Tayane foi agredida na madrugada entre os dias 12 (domingo) e 13 (segunda-feira) de maio, em sua casa, na rua Professora Odila de Almeida Carvalho, e sua morte foi comunicada à polícia no dia 6 de junho, a última quinta-feira. Na casa, foram encontradas roupas, toalhas e um colchão ensanguentados, além de tufos de cabelo da vítima e uma tesoura, também com manchas de sangue.
De acordo com o relato da irmã, no dia 12, Tayane e Bruno haviam discutido em Tremembé, em um quiosque de um parque aquático, onde ela teria sido agredida. Em seguida, ele também teria brigado com o filho do dono do estabelecimento. Ao voltarem para Taubaté, foram para casa. Na noite de domingo, vizinhos relataram gritaria na residência, "como se Tayane estivesse apanhando". Apesar disso, ninguém chamou a polícia.
Às 10h de segunda, Bruno chamou um vizinho e pediu ajuda para chamar o Samu (Serviço de Atendimento Móvel Urbano). Aos socorristas, ele disse que Tayane havia tomado muitos remédios. A vítima foi levada para o PS do bairro. Depois, foi encaminhada para o Hospital Municipal.
FAMÍLIA.
Após não conseguir falar com Tayane, a irmã fez contato com Bruno e, na terça-feira (14), ele respondeu dizendo que a namorada estava no "IML". Assustada, a irmã ligou para Bruno, que informou que a vítima estava no PS. Os familiares foram à casa de Tayane e encontraram sangue e cabelo da vítima, além da tesoura, deixada ao lado do colchão.
Tayane permaneceu internada desde então, mas não resistiu aos ferimentos.
O crime foi registrado como feminicídio.