HOMICÍDIOS

Polícia busca câmeras para desvendar assassinatos em Cruzeiro

Por Da redação | São José dos Campos
| Tempo de leitura: 3 min
Reprodução / Portal Cruzeiro
Thiago Donizete (esq.) e Raphael Caetano foram mortos em menos de 24h
Thiago Donizete (esq.) e Raphael Caetano foram mortos em menos de 24h

A Polícia Civil de Cruzeiro busca câmeras de monitoramento e investiga ligações com drogas e gangues violentas para desvendar dois homicídios que ocorreram na cidade em menos de 24 horas.

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Na última quarta-feira (5), Thiago Donizete Crispim, 42 anos, foi morto a facadas e Raphael Caetano Lombardi da Costa, 30 anos, foi alvejado por disparos de arma de fogo. Ambos os crimes ocorreram na região central e seguem com a autoria desconhecida.

OVALE apurou que a polícia tenta identificar os autores por meio da investigação da conduta das vítimas, o que pode indicar a natureza dos homicídios.

A primeira morte foi a do servente de obras Thiago Donizete, que havia feito 42 anos no começo de maio e foi esfaqueado durante a madrugada na praça Nove de Julho. Ele chegou a ser socorrido e levado para a Santa Casa, mas não resistiu aos ferimentos e morreu durante a tarde.

De acordo com a irmã da vítima, que prestou depoimento à polícia, Thiago era usuário de drogas e costumava se envolver em brigas. A Polícia Civil procura imagens de câmeras perto do local do crime, que ficou com manchas de sangue, para buscar por indícios de autoria e descobrir a motivação do assassinato. Suspeita-se de que o motivo da morte tenha sido uma briga relacionada ao uso de drogas.

BALEADO

Na noite de quarta, menos de 24 horas do primeiro homicídio, Raphael Caetano Lombardi da Costa, 30 anos, foi alvejado por disparos de arma de fogo e morto na rua Afonso Pena, na região central de Cruzeiro.

Ele foi atingido na cabeça e nas costas. O Corpo de Bombeiros foi acionado e fez o resgate, mas Raphael não resistiu aos ferimentos e morreu ao chegar à Santa Casa.

Também câmeras de monitoramento do COI de Cruzeiro devem ajudar nas investigações para identificar o autor dos disparos, além das investigações sobre a vida da vítima, que tinha familiares na cidade.

Segundo moradores da cidade, Raphael Caetano havia trabalhado em uma lanchonete na rodoviária de Cruzeiro e estaria empregado numa pizzaria da cidade.

‘RIO DE JANEIRO PAULISTA’

Nas redes sociais, moradores de Cruzeiro reclamaram da violência. “Cidade parece velho oeste, cheia de criminosos soltos fazendo o que querem: drogas, marginalidade”.

Outro escreveu: “Cruzeiro vai bater o recorde mais uma vez de cidade mais violenta do Vale. Onde o Estado não faz a sua parte o crime toma conta. Poderia mudar o nome de Cruzeiro para Rio de Janeiro Paulista”.

“Tem alguma coisa muito errada nesta cidade. Não é normal a perda de jovens dessa maneira. É necessário urgente fazer um levantamento das causas de tantas mortes e investir em ações que a curto e médio prazo muda essa violência toda”, comentou outro morador.

Cruzeiro tem 38,69 vítimas de homicídio por 100 mil habitantes, a mais alta taxa do estado de São Paulo. É uma das oito cidades do Vale do Paraíba que estão entre as 15 paulistas mais violentas, segundo dados da SSP (Secretaria da Segurança Pública) de São Paulo.

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