OBRAS COM PROBLEMA

RMVale gastou R$ 86,2 milhões em obras paradas ou paralisadas

Por Xandu Alves | São José dos Campos
| Tempo de leitura: 2 min
Reprodução
Trecho da Estrada Pinheirinho, em Taubaté
Trecho da Estrada Pinheirinho, em Taubaté

Cidades do Vale do Paraíba já gastaram R$ 86,2 milhões em 50 obras públicas que se encontram atrasadas ou paralisadas. O levantamento é do TCE (Tribunal de Contas do Estado de São Paulo) e refere-se ao primeiro trimestre de 2024.

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Em todo o estado de São Paulo, exceto a capital, o montante gasto em obras com problemas de cronograma chega a R$ 15,4 bilhões, de um total de R$ 31,23 bilhões investidos em 734 obras públicas. A previsão de entrega dos empreendimentos vai de 2009 a 2025.

No Vale, segundo a ferramenta ‘Painel de Obras’ do TCE, os empreendimentos estão distribuídos em 19 municípios que somam 31 obras paralisadas e 19 atrasadas. Há paralisações desde 2016.

As 50 obras do Vale somam um investimento total de R$ 194,7 milhões. A mais cara delas é um empreendimento do DER (Departamento de Estradas de Rodagem) em Taubaté, que está paralisado, segundo o TCE. O valor é de R$ 25,3 milhões para a recuperação da Estrada Pinheirinho, ligação de Taubaté a Caçapava. A obra teve problemas na licitação e não consta valor pago, de acordo com o TCE.

Entre as obras com problemas de cronograma e que já tiveram recursos gastos, a mais cara do Vale fica em Ilhabela, com R$ 22,5 milhões de um valor inicial de R$ 17,5 milhões. Trata-se da construção do novo Paço Municipal, que está atrasada. A obra é de responsabilidade da prefeitura.

Taubaté também tem mais uma obra apontada pelo TCE: a construção da Clínica Veterinária para suporte ao curso de Medicina Veterinária da Unitau (Universidade de Taubaté).  A obra está atrasada e consta valor pago de R$ 10,1 milhões, acima do valor inicial de R$ 9,9 milhões. O motivo do atraso foi “questões técnicas que vieram a ser conhecidas somente após a licitação”.

Outras cidades com obras atrasadas ou paralisadas são Caçapava, Cachoeira Paulista, Cruzeiro, Guaratinguetá, Jacareí, Jambeiro, Lorena, Monteiro Lobato, Paraibuna, Potim, Redenção da Serra, Roseira, Santa Branca, São Luiz do Paraitinga, São Sebastião, Tremembé e Ubatuba.

Comentários

2 Comentários

  • ailon augusto silverio 05/06/2024
    o dinheiro vai para algum bolso amigo de qualquer jeito..melhor estar parada..menos que vão para o ralo..como a via jaguari.que vai ligar nada a lugar nenhum..disfarçar a incompetencia tirando o problema de um lugar e colocando em outro..mas dando condições para que condominio de luxo e empremdimentos faraonicos sejam levantados..mais grana pra prefeitura jogar fora....e ainda desviar o caminhão de lixo e afastar os indesejaveis dos condominios de alto padrão..para que suas vias ficam livres..para ele dar aquele paseio matinal de bike,com o filhinho no buguy eletrico no lisinho asfalto feito com dinheiro publico..enquanto a zona rural come poeira..talvez porque eles tenham \"sangue azul\"
  • Jeferson 05/06/2024
    Obra da ligação entre as Rodovias Geraldo Scavone e Nilo Máximo, em Jacareí, obra estadual se arrasta desde 2014, ficou 6 anos parada. Foi novamente retomada no final de 2021 e foi novamente paralisada ano passado, sem nenhuma justificativa técnica. Vale lembrar que essa obra era contrapartida estadual para a ampliação da Cebrace, acordo de 2010. O C5 saiu, mas nada de entregar a obra. Enquanto isso, empresas como a Cebrace e a Ball sofrem para escoar sua produção, enquanto dezenas de carretas continuam cortando por dentro de vias que deveriam ser residenciais.