Com praticamente uma morte de motociclista a cada nove dias em 2024, São José dos Campos tem avenidas nas regiões central, leste e sul como as mais mortais para quem dirige moto.
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O ‘mapa da morte’ de motociclistas foi elaborado por OVALE com dados do Infosiga (Sistema de Informações Gerenciais de Acidentes de Trânsito do Estado de São Paulo).
A análise avaliou todos os 273 acidentes de motos com vítimas fatais na cidade entre janeiro de 2015 e março de 2024, de acordo com a série histórica do Infosiga.
Nesse período, o município registrou um total de 752 óbitos em acidentes de trânsito, sendo que as motos representaram 36,30% do total de mortes.
AVENIDAS
Entre as vias urbanas na cidade, o mapa mostra liderança da Avenida Florestan Fernandes, na região central de São José, com sete mortes registradas pelo Infosiga.
Duas vias aparecem com seis óbitos cada, ambas na região leste: Avenida Pedro Friggi e Rua Saigiro Nakamura. Outras duas têm cinco mortes cada: Avenida Dr. Sebastião Henrique da Cunha Pontes, na zona sul, e Avenida Presidente Tancredo Neves, na região leste.
Outras duas avenidas da região central (Jorge Zarur e Teotônio Vilela), mais as estradas do Cajuru (leste) e Juca de Carvalho (norte), além da rua Bacabal (sul) e da SP-70 (rodovias Ayrton Senna e Carvalho Pinto) empatam com quatro óbitos de motociclistas cada uma.
Com três mortes cada estão as avenidas: General Motors, Mário Covas, Juscelino Kubitschek, Rui Barbosa e Salinas, mais as ruas Caravelas, Padre Wilson Cunha e Ubirajara Raimundo de Souza, além da Via Cambuí.
SEBASTIÃO GUALBERTO
Mais recentemente, a avenida Sebastião Gualberto, na região central de São José, entrou na lista das vias com óbitos entre motociclistas. Três deles morreram na avenida nos últimos três meses.
A via é uma das principais ligações entre bairros das regiões leste e norte da cidade. Tanto que a avenida será duplicada pela Prefeitura de São José dos Campos, em investimento superior a R$ 79 milhões. A administração aposta nas obras para melhorar a segurança na via.
Na noite de sexta-feira (31), o motociclista André Aparecido Lopes, 40 anos, morreu em acidente de trânsito na Sebastião Gualberto enquanto voltava do trabalho para casa. O acidente aconteceu por volta das 18h, horário de grande movimento na avenida.
A moto de André foi atingida lateralmente por um carro. Ele seguia pela avenida no sentido Via Norte, quando foi fechado e atingido pelo motorista de um HB20. Com o impacto, o corpo de André foi jogado contra um poste metálico, na calçada. O impacto ocasionou a sua morte.
O motorista do carro, de 43 anos, disse em depoimento à polícia que mudou de faixa abruptamente para desviar de um buraco. O carro saiu da faixa da esquerda para a direita e atingiu a moto de André.
Esse foi o terceiro acidente com vítima fatal no trecho. Em 18 de março, um caminhão derrubou a fiação e provocou um acidente entre dois motociclistas. Um deles não resistiu aos ferimentos e morreu.
No dia 19 de março, outro motociclista chocou-se contra a traseira de um caminhão e também não resistiu aos ferimentos e morreu. Nas duas ocasiões, o trânsito na via ficou complicado.
RODOVIAS
Em São José, trechos de rodovias que cortam a cidade superam as vias urbanas como os mais mortais para os motociclistas.
O local com mais mortes de motociclistas é o trecho da Via Dutra que corta São José dos Campos, que acumula 40 óbitos desde 2015 – 14,65% do total das mortes no trânsito envolvendo motos na cidade.
A Rodovia dos Tamoios (SP-99) vem em seguida, com 15 mortes, e depois a Rodovia Monteiro Lobato (SP-50), com oito óbitos de motociclistas.