À ESPERA DE JUSTIÇA

Família pede julgamento de pai que matou e carbonizou as filhas

Por Marcelo Rocha | São José dos Campos
| Tempo de leitura: 2 min
Foto: Reprodução
 Segundo a Polícia Civil, o pai das crianças confessou ter cometido o crime para se vingar da ex-companheira
Segundo a Polícia Civil, o pai das crianças confessou ter cometido o crime para se vingar da ex-companheira

A família de Mirielly Gomes Souza, de 8 anos, e Cecília Gomes Souza, de 4, assassinadas a facadas e com corpos carbonizados, cobra o julgamento do pai das meninas, que confessou o crime. O homicídio ocorreu em 22 de maio de 2023, em Santo Antônio de Goiás, na Região Metropolitana de Goiânia.

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No mês que marca um ano da morte das filhas, a mãe, Dayane Faria, expressou a saudade e a necessidade de justiça. De acordo com a Polícia Civil, Ramon de Souza Pereira, pai das crianças, confessou ter cometido o crime para se vingar da ex-companheira. "A gente tem o sentimento de impotência por ter passado um ano que você perdeu suas filhas e nunca mais vai vê-las, e que tá tudo parado, que a justiça não é feita”, desabafou.

No domingo (26), Dayane, de 29 anos, participou de uma manifestação em Goiânia, junto com familiares e amigos, pedindo justiça e penas mais severas para crimes dessa natureza. "Se eu me calar, vai ser mais um caso entre outros. E eu não quero ficar no esquecimento”, declarou.

A investigação conduzida pelo delegado Marcus Cardoso concluiu que Ramon de Souza Pereira planejou o crime. Ele foi indiciado por duplo homicídio qualificado por motivo torpe e por lesão corporal contra a esposa. A Polícia Civil descartou a possibilidade de Ramon ter problemas psicológicos, confirmando que ele não faz tratamento médico ou uso contínuo de medicação.

No dia 23 de maio de 2023, os corpos de Mirielly e Cecília foram encontrados dentro de um carro em chamas. Segundo a polícia, Ramon encontrou a esposa com outro homem, a agrediu, pegou o carro, buscou as filhas nas escolas e as matou. Ele foi preso no mesmo dia, em um lago, após tentar se suicidar.

O Ministério Público de Goiás ainda não informou se o suspeito foi denunciado. O Tribunal de Justiça comunicou que o caso segue em segredo de Justiça, impedindo a divulgação de informações sobre o andamento do processo.

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