MOBILIDADE

Trem Intercidades de São José à capital custará R$ 6 bilhões

Por Da redação | São José dos Campos
| Tempo de leitura: 2 min
Reprodução
Trem vai usar as linhas da CPTM
Trem vai usar as linhas da CPTM

O TIC (Trem Intercidades) que vai ligar São José dos Campos a São Paulo, capital paulista, está orçado em R$ 6 bilhões e entrou no Programa de Parcerias de Investimentos do Estado de São Paulo. Trata-se do Eixo Leste do projeto do TIC.

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Com isso, o projeto terá um estudo de viabilidade e modelagem do negócio e poderá ter trajetos entre 80 e 130 km, ligando as duas cidades em viagem de 1h15 e podendo ser mais rápido do que o transporte coletivo pela estrada. O modelo do empreendimento será o de PPP (Parceria Público-Privada).

A primeira etapa do projeto consiste nos estudos que irão mostrar a viabilidade do projeto para a implantação do modal de transporte. Depois ocorrem as audiências públicas e, por fim, o leilão.

O trajeto vai ser feito a partir de uma linha da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), com três opções: usar trecho da linha 11, Coral, que atende parte da Zona Leste de São Paulo; utilizar parte da linha 12, Safira, cujo trajeto seria mais curto; ou aproveitar a linha 13, Jade. Neste caso, haveria conexão com o Aeroporto de Guarulhos.

“As alternativas de traçado que a gente tem são todas considerando extensões das linhas 11, 12 e 13. A maior viabilidade é a extensão da 13, para chegar em São José dos Campos. Seria a concessão da 13 e uma outra concessão para o Trem Intercidades de São José para São Paulo, engatando na 13. Já teria essa conexão”, disse Tarcísio.

“Com a qualificação no PPI-SP, o Governo de São Paulo dará início ao processo de contratação e elaboração dos estudos para avaliar a viabilidade do projeto, além de serem levantados modelos de negócio para a estruturação da iniciativa”, completou o governador.

TRECHOS

O TIC Eixo Norte vai ligar a capital a Campinas por linha férrea. O trajeto de 101 km oferecerá um serviço expresso entre o terminal da Barra Funda, Jundiaí e Campinas, com duração de 64 minutos.

O projeto vai contar com três estações e visa melhorar o transporte intercidades e a mobilidade urbana para a população que precisar fazer esse tipo de deslocamento diário.

O governo do estado vai pagar R$ 8,9 bilhões – R$ 6,4 bilhões com dinheiro do BNDES, que faz parte do Programa de Aceleração do Crescimento. Para garantir a operação, o estado pagaria, no máximo, R$ 8 bilhões ao longo do contrato. O consórcio que ganhou aceitou receber R$ 7,2 bilhões.

Comentários

5 Comentários

  • Dunha 29/05/2024
    A verdade é que o sudeste carrega o Bostil nas costas, mas nossa geografia é péssima para ferrovias. Trens de passageiros tem que ser rápidos pra compensar. Seria mais vantagem se permitissem a operação de aviões low-cost, mas o Dilmo não vai deixar de proteger os amiguinhos empresários da Gol e da Azul, que estão sempre bajulando ele. Temos o mesmo problema dos EUA: todo mudo quer morar no litoral montanhoso e somente o centro do país é adequadamente plano para a implantação de linhas de alta velocidade.
  • Rafael 26/05/2024
    Tosco. Cheiro de dinheiro no ralo no ar. Na vdd, deve ser o sonho deles empurrar pessoal da cracolandia nesse trem pra ca.
  • Luiz Carlos de Moura 26/05/2024
    Nenhum comentário substancial a respeito de Ferrovias no Litoral Sul , setor totalmente menosprezado pelos governos .
  • Jeferson 26/05/2024
    O que precisa se discutir mesmo é o potencial de demanda, agregar mais cidades, aumentando o número de usuários, o que iria diluir os custos de implantação do serviço e diminuir os níveis de subsídios estatais para bancar a operação. Basicamente, para tornar o sistema economicamente viável, precisa incluir estações intermediárias em Guarulhos, Itaquaquecetuba e Jacareí, no caso das duas últimas, como há ideia de se utilizar o Ramal do Parateí, a implantação de estação nas duas cidades é relativamente simples. Para o morador de Jacareí, é inviável voltar para trás (São José) para pegar trem para São Paulo ou mesmo Guarulhos, já que a Pássaro Marron já presta esse serviço, além de que bairros como o Urbanova seriam melhor atendidos com uma estação na região do Pagador Andrade, em Jacareí, do que por uma estação em São José. Seria necessário apenas uma ligação viária entre o Urbanova e a Estrada do Pagador Andrade, algo que está previsto no projeto do Arboville, sendo integralmente bancado pelo setor privado, faltando apenas a atualização do Plano Diretor em Jacareí.
  • Ivo 26/05/2024
    A Dutra é uma rodovia que foi pressionada nos dois lados pelo desenvolvimento das cidades sobretudo no percurso deste projeto. Assim sendo, possivelmente, a Linha 13 Jade, inaugurada em 2018, a primeira projetada, construída e operada pela CPTM, deverá ser o ponto de partida para uma ferrovia até São José dos Campos (baldeação). Esta linha cruza tanto a Dutra quanto a Ayrton Senna – acesso ao aeroporto de Guarulhos. Pensando no entroncamento com a Carvalho Pinto, o traçado a ser construído deve perpassar este corredor rodoviário que pode chegar até Taubaté (expansão), pois o trecho convive com pouco adensamento urbano, o que requer pouca desapropriação e proporciona facilidade para construir.