SOB SUSPEITA

Polícia apura nova hipótese para morte de Suely; marido foi preso

Por Jesse Nascimento | Cruzeiro
| Tempo de leitura: 3 min
Reprodução
Suely Lopes, de 40 anos, morreu em Cruzeiro
Suely Lopes, de 40 anos, morreu em Cruzeiro

Após a prisão do marido da vítima, a morte de Suely Lopes, de 40 anos, teve uma reviravolta na tarde desta quarta-feira (15), em Cruzeiro. Um homem, acompanhado pelo advogado, se apresentou à DDM (Delegacia de Defesa da Mulher), e disse ter atropelado 'algo' na noite de terça-feira, na estrada Avelino Júnior, mas não sabe o que era.

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O motorista contou que não parou na estrada por estar noite e ser um local ermo, perigoso. O carro dele foi apresentado à delegacia, com para-brisa quebrado, marcas de sangue e até mesmo fios de cabelo, segundo o delegado seccional de Cruzeiro, João Paulo de Oliveira Abreu. O veículo foi apreendido e vai passar por perícia.

Apesar da nova hipótese, o defensor público que defende o ex-companheiro de Suely, tido como principal do crime e que foi preso instantes depois da morte da mulher, defendeu que estão presentes as condicionais que justificam a prisão do homem, de 40 anos.

O suspeito foi preso em flagrante pela Polícia Militar. Ele tinha sido libertado do sistema penitenciário há pouco menos de três meses. Na noite desta terça, os policiais militares foram acionados e chegando ao local viram um homem correndo e o detiveram, porém ele estava alterado, recusando-se a abordagem, sendo necessário o uso de força moderada e emprego de algemas para contê-lo.

O caso gerou comoção na cidade ao longo da quarta-feira.

TESTEMUNHA

Uma testemunha dos acontecimentos contou à polícia que estava perto do local dos fatos, uma vez que o caminhão com o qual trabalha apresentou problemas mecânicos, e enquanto tentava repará-lo presenciou um casal brigando e viu um homem agredindo uma mulher. O suspeito, segundo a testemunha trazia a mulher com um golpe conhecido como “mata-leão”, a segurando pelo pescoço com seu braço esquerdo e com o direito segurava os braços dela.

A testemunha narrou ainda que estava embaixo do caminhão tentando repará-lo e ao olhar para o casal, o suspeito disse a ele que aquela era a sua mulher, que ela era usuária de drogas e iria levá-la para casa. Minutos depois, a testemunha ouviu e viu uma van parando próximo ao local do crime, descendo dela várias pessoas. Ele se levantou e foi ver o que estava acontecendo e os passageiros o informaram de que havia uma mulher caída ao solo.

Na sequência, o suspeito retornou ao local e arremessou diversas pedras contra o caminhoneiro, perguntando onde a testemunha havia escondido a mulher dele, acusando-o de tê-la colocado no interior do caminhão.

A testemunha disse que chegou a pegar uma barra de ferro para se defender. Os passageiros que desceram da van chegaram a intervir. Na sequência, os policiais chegaram e fizeram a prisão do companheiro de Suely. A testemunha não fez menção a um possível atropelamento, mas a polícia já trabalhava também com esta hipótese na manhã desta quarta.

VIOLÊNCIA

Suely Lopes já tinha medida protetiva contra o companheiro, solicitada através de um boletim de ocorrência que foi registrado em 13 de março de 2024. Em fevereiro, ela já havia registrado boletim de ocorrência contra o companheiro. O indiciado já tinha antecedentes de embriaguez ao volante, violência doméstica, danos e ameaça. Um familiar da vítima disse que já havia alertado a vítima a respeito do perigo estando na companhia do acusado.

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