FEMINICÍDIO

Suely tinha medida protetiva contra marido antes de ser morta

Por Xandu Alves | São José dos Campos
| Tempo de leitura: 2 min
Reprodução / Redes Sociais
Suely Luzia Lopes foi morta em Cruzeiro
Suely Luzia Lopes foi morta em Cruzeiro

Morta na noite desta terça-feira (14), em Cruzeiro, a dona de casa Suely Luzia Lopes, 40 anos, havia registrado um boletim de ocorrência por violência doméstica e ameaça contra o marido, em 23 de fevereiro, no plantão policial, quase três meses antes de ser morta.

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Suely obteve medida de protetiva de urgência da Justiça, mas isso não foi capaz de cessar a violência que sofria, segundo ela informou à polícia. Em 13 de março, dois meses antes de ser morta, ela registrou um segundo boletim de ocorrência por descumprimento da medida protetiva.

No entanto, nenhuma lei ou providência judicial foi capaz de evitar que Suely fosse morta. O marido, Emanuel Ferreira Bulhões Fernandes, 40 anos, foi preso em flagrante e é o principal suspeito de ter matado a mulher, que deixa uma filha.

CRIME

O caso ocorreu às margens da Rodovia Doutor Avelino Júnior (SP-52), trecho do bairro Jardim Imperial, em Cruzeiro. A mulher foi encontrada caída no solo pela Polícia Militar, com sangramento excessivo na região da cabeça. A morte foi constatada no hospital.

A Polícia Civil também investiga a possibilidade de Suely ter sido atropelada. Acompanhado pelo advogado, um homem se apresentou à DDM (Delegacia de Defesa da Mulher) de Cruzeiro e disse ter atropelado "algo" na noite de terça-feira, na estrada Avelino Júnior, mas não soube dizer o que era. A polícia busca descobrir se Suely já estava morta quando foi atingida pelo carro.

Segundo a PM, os policiais prenderam o marido de Suely que tentou correr do local do crime. Emanuel estava alterado e recusou a abordagem dos policiais, sendo necessário o uso de força moderada e emprego de algemas para contê-lo.

Segundo uma testemunha, Emanuel imobilizou Suely com um golpe de mata-leão e prendeu os braços dela. Emanuel foi preso em flagrante por homicídio qualificado e feminicídio, também por violência doméstica e familiar. Ele foi encaminhado para a cadeia pública de Cruzeiro.

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