VIOLÊNCIA NA ESCOLA

VÍDEO: Alunos transformam escola de São José em ‘clube da luta’

Por Xandu Alves | São José dos Campos
| Tempo de leitura: 2 min
Reprodução
Estudantes se enfrentando em brigas na escola
Estudantes se enfrentando em brigas na escola

Vídeos obtidos com exclusividade por OVALE mostram jovens estudantes envolvendo-se em diversas brigas dentro e fora de uma escola estadual de São José dos Campos, transformada em uma espécie de ‘clube da luta’. As cenas impactam pela agressividade dos adolescentes, sejam meninos ou meninas.

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De acordo com mães ouvidas pela reportagem, as brigas estão ocorrendo regularmente na escola estadual professora Edera Irene Pereira de Oliveira Cardoso, que fica no Jardim São Judas Tadeu, região sudeste de São José. As mães dizem que os vídeos mostram brigas na escola.

Os confrontos têm sido constantes e as mães temem que as brigas possam causar ferimentos graves nos adolescentes. Elas também relatam que estudantes estão com medo de frequentar a unidade por causa da violência.

“Pode acontecer com o filho de qualquer um. E a briga pode acabar de maneira trágica. As crianças estão com medo de frequentar a escola. Isso atrapalha os estudos”, disse a mãe de um estudante do 6º ano, envolvido em uma briga na última segunda-feira (6).

Ela registrou boletim de ocorrência na Diju (Delegacia de Infância e Juventude) de São José, na terça-feira (7), e disse que vai procurar a Defensoria Pública e o Conselho Tutelar. Segundo ela, o filho de 11 anos está com medo de ir para a escola.

“Meu filho não é santo e nem os outros são, sabemos disso. Mas a situação está fugindo do controle com grupos batendo e até meninas envolvidas. Falei para as mães que não vou deixar impune. Todo dia é uma briga, de manhã e a tarde. Quando não é briga dentro da sala de aula”, afirmou a dona de casa.

As mães pedem policiamento na porta da escola, na entrada e saída dos alunos, e mais atuação da direção da escola dentro da unidade, para coibir brigas e violência entre os alunos, além de identificar e punir os responsáveis.

“A agressão ao meu filho aconteceu na frente da escola, no estacionamento. Fui questionar a direção e disseram que a escola não tem nada a ver, por ter acontecido fora, mas não aceito isso. Ele só vai para escola de uniforme. Ele foi agredido por outros alunos e a escola tem que se envolver”, afirmou a mãe.

Procurada pela reportagem, a Secretaria Estadual de Educação informou, por meio de nota, que repudia "toda e qualquer forma de agressão e de incitação à violência dentro ou fora das escolas".

"Em relação ao desentendimento da segunda-feira, 08/05, ao tomar ciência do ocorrido, a gestão escolar rapidamente acionou os responsáveis pelos envolvidos para mediação e orientações", completou.

 

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