BASQUETE

'É um lugar onde me sinto bem', diz Marrelli na volta ao São José

Por Marcos Eduardo Carvalho | São José dos Campos
| Tempo de leitura: 3 min
Adenir Britto/PMSJC
Régis Marrelli em sua primeira passagem pelo São José
Régis Marrelli em sua primeira passagem pelo São José

Régis Marrelli está de volta ao São José Basket após 11 anos de uma saída atribulada, às vésperas da estreia no NBB (Novo Basquete Brasil) 2013/2024. Mas, o treinador nunca esqueceu o time e nem a cidade. Tanto é que até hoje tem residência em São José dos Campos, onde sua família vive.

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Agora, de volta ao clube onde se projetou para o cenário nacional e onde comandou por sete anos, Marrelli quer retornar aos bons tempos, quando foi bicampeão paulista e vice-campeão do NBB em 2012. Para ele, a grandeza da cidade e a tradição do basquete pesaram em seu retorno.

E também falou um pouco sobre seu processo que moveu contra a prefeitura e contra a Associação Esportiva São José, clube ao qual o São José Basket era filiado. A seguir, veja a entrevista exclusiva concedida a OVALE na noite desta segunda-feira (6).

O que te levou a aceitar o convite do São José?

É uma grande cidade, onde o basquete é forte e a prefeitura investe muito no esporte, não apenas no basquete. É um lugar onde me sinto bem, moro aqui, tem estrutura e o time está crescendo. É um momento importante.

O que mudou na sua carreira nesses 11 anos em que ficou fora do São José?

Passei por muitas coisas boas, outras nem tão boas assim. Levei o time do Vitória ao terceiro lugar no NBB, fui quarto com o Paulistano, tive grandes equipes. Outras nem tanto, por falta de patrocínio, de investimento, mas tudo é experiência. Aprendi muita coisa.

Você foi um técnico vitorioso no São José. Nessa volta, há a previsão de montar um time forte? Brigar por títulos?

Temos um orçamento e tudo vai depender de patrocínios, isso é o principal. Mas temos um bom time, que com certeza merecia ter ficado entre os oito do NBB (foi eliminado nas quartas de final). Vamos lutar sempre pela parte de cima, pelos primeiros lugares e trabalhar para buscar títulos.

Qual a melhor lembrança que tem dos bons tempos aqui do São José?

O amor da torcida, o ginásio lotado. Não tinha encontrado isso nos outros lugares em que fomos. Nunca vi em time nenhum. E isso faz o time correr mais, dar mais de si em quadra.

A sua saída foi atribulada, a três dias da estreia do NBB. Ficou mágoa de alguém, ou de alguma coisa?

Não. Claro que a gente não fica feliz, ainda mais da forma que foi a nossa saída. Fiquei chateado, mas são momentos que vivemos. Quem estava no comando do time na época achava que deveria trocar e a gente era empregado, tem que respeitar. Mas já passou.

Após sair, você entrou processo de R$ 500 mil de direitos trabalhistas no São José, em que ganhou em 1ª instância em 2016, mas ainda está na Justiça. Como ficou essa situação? Algumas pessoas nas redes sociais criticam a sua volta por ser o técnico que colocou a prefeitura e a AESJ na Justiça. O que teria a dizer?

Eu sou profissional, houve uma quebra de contrato, então, fui atrás nos meus direitos. Estou num lugar que tem amor e, também, tem ódio. Faz parte da vida de treinador. Temos que pensar no projeto, montar um time bom, estrutura e pensar no São José.

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