LUTO EM SÃO JOSÉ

Multidão de motoboys se despede de Pedro: 'está feliz', diz irmão

Por Da redação | São José dos Campos
| Tempo de leitura: 2 min
Reprodução / Instagram
Pedro Gimenes morreu aos 25 anos
Pedro Gimenes morreu aos 25 anos

O pedido da família foi atendido e motociclistas de toda a cidade participaram do enterro de Pedro Gimenes, 25 anos, que trabalhava como motoboy em São José dos Campos e morreu em um acidente na Via Dutra, no último domingo (5).

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Irmão de Pedro, o tatuador Markinho Gimenes fez um apelo nas redes sociais para que motoboys de toda a cidade participassem do sepultamento.

“Meu irmão faleceu. Peço de coração a todos os motocas da correria das entregas que colem no velório dele. Ele amava a profissão e amava estar no meio de vocês”, disse Markinho nas redes sociais.

O corpo de Pedro foi velado e enterrado no Cemitério Horto São Dimas, na Vila Tesouro, a partir de 13h desta segunda-feira (6).

Segundo Markinho, a participação em massa dos motociclistas trouxe um conforto para a família. “Meu irmão, numa hora dessas, deve estar muito feliz por muita gente ter ido lá se despedir dele”, disse.

Ele contou que os próximos dias serão “uma barra para a família” em razão de a missa de sétimo dia de Pedro cair no Dia das Mães, além de aniversários que ocorreram há pouco tempo.

“Vai ser um momento que não via sair da nossa cabeça. Hoje é aniversário da minha irmã, sexta foi o meu e nos dias 1ª e 2 de março foi o do meu pai e o dele [Pedro]. A missa de sétimo dia via cair no Dia das Mães. Vai ser uma barra para a família, mas foi um conforto enorme a multidão que apareceu lá [no enterro]. Ele era muito querido.”

Apaixonado por motos, Pedro havia comprado a primeira moto zero quilômetro há quatro anos, com uma celebração nas redes sociais: “Mais um sonho realizado, minha primeira moto 0KM”, escreveu ele em janeiro de 2020, ao lado do veículo vermelho.

Markinho contou que ele vinha guardando dinheiro para realizar o sonho de ter uma moto mais possante. Para tanto, ele trabalhava como entregador por aplicativo, fazia entregas para bares da cidade e ainda trabalhava fora da região, como na capital.

“O maior sonho dele era conquistar uma moto possante, uma Hornet. Ele saía de São José para trabalhar em São Paulo, até debaixo de chuva, para juntar o dinheiro e comprar a moto, mas infelizmente ele não conseguiu, mas ele batalhou muito. Ele nunca brigou com ninguém na vida, em 25 anos. Nunca vi uma briga dele com ninguém na rua, era fenomenal”, afirmou o irmão.

Que finalizou: “Ele tinha uma namorada e era um cara da liberdade, de montar na moto e sair para rua. Infelizmente, foi uma fatalidade [o acidente] e creio que as pessoas boas vão mais cedo. Mas é preciso conscientizar os motoboys para a galera tomar cuidado e os carros para sempre olharem em volta”.

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