
A visita da ex-presidente Dilma Rousseff ao Papa Francisco ganhou ampla repercussão e foi destaque no noticiário nacional. “Bem-vinda! Que prazer revê-la!”, disse ele, antes de um aperto de mãos longo. Presidente do Banco Brics, Dilma esteve no Vaticano no último sábado (27) e presenteou o pontífice com um livro de um professor de São José dos Campos.
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Ademir Pereira dos Santos é arquiteto, professor e escritor. Desde o ano 2000, Ademir leciona na Unitau (Universidade de Taubaté). Antes também foi professor da Univap, quando, em 1991, saiu do Paraná e se mudou para São José. “Quando cheguei ao Vale, vi essas cidades, me apaixonei por essa região, com essa arquitetura”, disse em entrevista a OVALE.
O livro que Dilma deu ao Papa Francisco é ‘Theodoro Sampaio: nos sertões e na cidade’, de 2010. A obra conta a história de Theodoro Fernandes Sampaio (1855-1937), um engenheiro brasileiro que se destacou, durante o Império e a Primeira República, nos trabalhos de reconhecimento do território nacional, na construção da infraestrutura urbana e em serviços públicos em São Paulo e em Salvador. “Homem de habilidades múltiplas, foi também geógrafo, cartógrafo, historiador, linguista, planejador urbano e empresário, encarnando a polivalência que caracterizou a geração de engenheiros politécnicos, necessária para enfrentar as demandas rurais e urbanas daquele período”, diz o histórico do livro.
‘Theodoro Sampaio: nos sertões e na cidade’ levou anos para ser escrito e produzido pelo professor Ademir. Entre 2008 e 2010, o professor se aprofundou na história que recebeu o um prêmio Jabuti em 2011.
O livro teve cerca de três mil exemplares e é considerado, pelo próprio Ademir, um best seller. “É um livro que não chegou no povão”, disse.
SUPRESA
Ademir não sabia que a ex-presidente Dilma daria seu livro ao Papa. No último sábado, quando acordou, viu seu celular cheio de ligações e mensagens. “Jamais soube. Nem meu editor. Ficamos surpresos”, disse.
“Na hora que eu vi, de baixo do braço dela, já soube. Eu reconheci pela capa”, disse o professor. Ele conta que achava que era um vídeo antigo, mas que logo foi alertado sobre a atualidade do presente.
Agora, com o livro divulgado, Ademir espera que o presente seja reconhecido com uma grande obra e que as pessoas reconheçam a importância de Theodoro para a história do Brasil. “Gostaria que as pessoas conhecessem a história dele”, disse.
‘Eu fiquei lisonjeado e muito surpreso com a entrega”, confessou Ademir.
O professor conta que tentou contato com Dilma para saber os motivos que a levaram a presentear Francisco com seu livro.
“Fui as lagrimas, foi muito emocionante”, disse o professor.