MOBILIDADE URBANA

Elaboração de projeto da segunda fase da Linha Verde de São José irá atrasar sete meses

Contrato previa que o projeto ficaria pronto até dezembro passado e custaria R$ 2,138 milhões, mas custo já passou para R$ 2,346 milhões e novo prazo de entrega é para julho

Por Julio Codazzi | 24/04/2024 | Tempo de leitura: 2 min
São José dos Campos

Claudio Vieira/PMSJC

Traçado deve passar pela Via Cambuí
Traçado deve passar pela Via Cambuí

A elaboração do projeto executivo da segunda fase da Linha Verde, em São José dos Campos, vai atrasar pelo menos sete meses e ficar 9,6% mais cara.

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Firmado em maio de 2023 pela Prefeitura com o consórcio formado pelas empresas ABS e Multiplano, o contrato previa que o projeto ficaria pronto até dezembro passado e custaria R$ 2,138 milhões. No entanto, o custo já passou para R$ 2,346 milhões e o cronograma sofreu dois atrasos, que somam sete meses - o novo prazo de entrega é para julho desse ano.

Questionada pela reportagem, a Prefeitura alegou nessa quarta-feira (24) que o contrato "foi aditado por conta de complementos do levantamento topográfico para o projeto executivo da obra e por conta das tratativas na compatibilização de projetos com a concessionária CCR RioSP no alargamento da Rodovia Presidente Dutra".

SEGUNDA FASE.
Após a conclusão do projeto executivo, será aberta uma segunda licitação, dessa vez para contratar a empresa que ficará responsável pela obra, cuja execução deve demorar mais 18 meses. Segundo anúncio feito em abril de 2023 pelo governo Anderson Farias (PSD), a segunda fase da Linha Verde tem um custo estimado de R$ 350 milhões, sendo R$ 150 milhões do governo estadual e R$ 200 milhões da Prefeitura.

Essa segunda fase da Linha Verde consiste no Anel Viário Leste, que vai ligar a região central ao Parque Tecnológico, com 12,7 quilômetros de extensão, sendo sete deles em área da CTEEP (Companhia de Transmissão de Energia Elétrica Paulista) - o trajeto vai sair da Rodoviária Nova e passará por corredores como a Via Cambuí e as avenidas Tancredo Neves e Benedito Friggi.

Ao contrário da primeira fase da Linha Verde, em que foram construídas vias exclusivas para os VLPs (Veículos Leves sobre Pneus), nessa segunda fase os novos trechos poderão ser utilizados por todos os veículos, inclusive os particulares. A ideia da nova via é permitir a interligação de toda a cidade sem a necessidade de uso da Dutra.

PRIMEIRA FASE.
Com 14 meses de atraso, a primeira fase da Linha Verde teve o traçado completo liberado no início de dezembro de 2022, com as duas últimas estações de embarque e desembarque.

O traçado de 17 quilômetros liga o Campo dos Alemães ao Terminal Intermunicipal e ao Centro. A obra da primeira fase, que custaria inicialmente R$ 55,832 milhões, ficou em R$ 77,83 milhões. Desse valor, R$ 30 milhões foram aportados pelo governo estadual e o restante pelo município.

Somados todos os contratos, o custo da primeira fase da Linha Verde chegou a R$ 193 milhões. O cálculo inclui R$ 60,9 milhões com desapropriações, R$ 39 milhões para a compra de 12 VLPs e equipamentos de recarga das baterias, R$ 5,459 milhões pela supervisão da obra, R$ 7,8 milhões pelas estações e R$ 2 milhões para a rede semafórica inteligente nos cruzamentos com as vias.

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1 COMENTÁRIOS

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  • Jeferson
    25/04/2024
    Não é exatamente uma crítica, mas uma reflexão. O mesmo governo estadual que é capaz de reservar R$150 milhões para a segunda fase da Linha Verde em São José ou R$100 milhões para o Parque da Cidade de São José dos Campos, que na sequência será concedido ao setor privado, é o mesmo governo estadual que alega não ter dinheiro e nega a construção de um AME em Jacareí, mesmo com toda a fila de espera existente para atendimento e a sobrecarga no AME de São José, deixa diversas obras estaduais em Jacareí paradas ou faz com que se tenha uma única base dos bombeiros em Jacareí, para além de atender Jacareí, ainda cobrir Santa Branca e Igaratá. Não que a expansão da Linha Verde em São José não seja necessária. Porém, com os mesmos R$150 milhões que o Estado vai reservar para esse investimento, daria para construir um hospital municipal em Jacareí e já garantir os recursos do primeiro ano de funcionamento, ajudando a desafogar a demanda no HM de São José dos Campos e no Hospital de Clínicas Sul. A reflexão é, quais são as prioridades mesmo?