RELIGIÕES

Diretoras criativas de Ludmilla explicam sobre show acusado de intolerância religiosa

Uma parte do vídeo exibido no show de Ludmilla no festival Coachella foi considerada preconceituosa e viralizou na web no último domingo (21).

22/04/2024 | Tempo de leitura: 1 min
da Folhapress

Reprodução

Frase 'Só Jesus expulsa o Tranca Rua das pessoas' foi posta em contexto diferente do original, segundo a produção
Frase 'Só Jesus expulsa o Tranca Rua das pessoas' foi posta em contexto diferente do original, segundo a produção

Uma parte do vídeo exibido no show de Ludmilla no festival Coachella foi considerada preconceituosa e viralizou na web no último domingo (21). Nesta segunda-feira (22), a cantora e as diretoras criativas da apresentação se manifestaram e disseram que a frase "Só Jesus expulsa o Tranca Rua das pessoas" foi posta em contexto diferente do original.

A expressão supostamente se refere a uma falange ou agrupamento de Exus, entidades espirituais das religiões Umbanda e Candomblé. As diretoras criativas Nídia Aranha e Drica Lara dizem que o frame foi retirado do contexto do vídeo, que tinha, na verdade, justamente um tom de denúncia sobre as mazelas sociais.

"O show começa com uma mensagem bem explícita pelo fim de preconceitos e discursos de ódio na voz de uma das figuras políticas brasileiras mais emblemáticas da atualidade [A deputada Federal Erika Hilton (PSOL) participou do show]", escrevem as diretoras nas redes sociais, em post republicado por Ludmilla.

"As imagens de 'Rainha da Favela' são uma denúncia para o que acontece nas comunidades do Brasil", dizem elas, citando as mazelas sociais: pobreza, violência, abuso policial, racismo, lgbtfobia, crimes de ódio, intolerância, trabalho informal, pessoas em situação de rua e tantas outras.

As diretoras afirmam que a imagem foi mal-interpretada pelas redes sociais: "Muita gente viu nela intolerância religiosa. Mas a imagem não estava lá para glorificar nada, mas sim para mostrar a realidade. A intolerância religiosa contra as crenças de matriz africana é uma triste realidade em nosso país".

"Para aqueles ofendemos com o vídeo, nossas mais sinceras desculpas, mesmo que nossa intenção fosse denunciar discursos de ódio, sabemos que as pessoas são afetadas de maneiras diferentes. A essas pessoas, pedimos perdão", disseram ainda.

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