Carlos Henrique foi encontrado morto a tiros numa rua de Pindamonhangaba, na noite de 5 de abril. O homicídio ocorreu na avenida Quinze de Novembro, no bairro Cidade Nova, por volta de 22h.

A Polícia Militar foi acionada e encontrou o adolescente morto na rua, com marcas de balas pelo corpo. Outro jovem também foi baleado e sobreviveu após ser socorrido ao pronto-socorro de Pindamonhangaba.

CIÚMES

Durante a investigação, descobriu-se que Carlos Henrique tinha recebido uma mensagem da ex-namorada de um amigo do atirador – ambos foram identificados pela polícia.

O adolescente teria ficado com ciúmes e foi cobrar satisfações de Carlos Henrique, juntamente com o jovem que atirou no rapaz. O matador foi identificado como Kauan.

“O assassino comprou a briga [do amigo enciumado]”, disse Vanessa Moreira dos Santos, mãe do adolescente morto.

ATAQUE

No dia do crime, Carlos Henrique e três amigos andavam pelo bairro Cidade Nova quando foram surpreendidos por Kauan e o amigo de 16 anos, cuja namorada teria trocado mensagens com Carlos Henrique. A vítima e os amigos foram perseguidos por cerca de 50 metros, e então aconteceu o ataque a tiros.

“No meio da conversa ele já sacou a arma e efetuou um tiro fatal no peito do meu filho, que não teve chance nenhuma. Pelo que fiquei sabendo, esse Kauan estava totalmente alterado. Ficava gritando e gritando”, contou Vanessa.

Dos seis envolvidos na tragédia, quatro são adolescentes. Kauan fugiu para não ser preso em flagrante. Durante a fuga, ele gravou um áudio que acabou chegando até os familiares, no qual confessa ter matado Carlos Henrique.

“Meu filho não teve direito de nada. Por que o assassino do meu filho tem que ter direito? Ele não tirou a vida de um inseto. Ele tirou a vida do meu filho”, afirmou Vanessa.

“Eu não sei como vou tentar reconstruir minha vida sem meu filho. E, ao mesmo tempo, eu sinto uma revolta tão grande pela crueldade que fizeram contra meu filho”, completou.

Kauan, o suspeito pelo crime, se apresentou à polícia, confessou o homicídio e saiu liberado da delegacia, por não haver mais a situação de flagrante e por ser réu-primário, com endereço fixo. Ele pode responder ao inquérito em liberdade.

“Ele se entregou, foi com o advogado e saiu pela porta da frente, como se nada tivesse acontecido”, disse a mãe.