TRAGÉDIA

‘Não sei como reconstruir a vida sem meu filho’, diz mãe de adolescente morto no Vale

Carlos Henrique foi encontrado morto a tiros numa rua de Pindamonhangaba, na noite do último dia 5 de abril. O homicídio ocorreu na avenida Quinze de Novembro

Por Da redação | 18/04/2024 | Tempo de leitura: 2 min
São José dos Campos

Reprodução

Kauan (esq.) e Carlos Henrique
Kauan (esq.) e Carlos Henrique

A mãe de um adolescente de 16 anos morto a tiros em Pindamonhangaba confessa o drama de ter que tocar a vida sem o garoto, assassinado por outro jovem. O motivo teria sido a disputa por uma garota.

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“Eu não sei como vou tentar reconstruir minha vida sem meu filho. E, ao mesmo tempo, eu sinto uma revolta tão grande pela crueldade que fizeram contra meu filho”, disse Vanessa Moreira dos Santos.

Ela é mãe de Carlos Henrique, que foi encontrado morto a tiros numa rua de Pindamonhangaba, na noite do último dia 5 de abril. O homicídio ocorreu na avenida Quinze de Novembro, no bairro Cidade Nova, por volta de 22h.

A Polícia Militar foi acionada e encontrou o adolescente morto na rua, com marcas de balas pelo corpo. Outro jovem também foi baleado e sobreviveu, após ser socorrido ao pronto-socorro de Pindamonhangaba.

Kauan, o suspeito pelo crime, se apresentou à polícia, confessou o homicídio e saiu liberado da delegacia, por não haver mais situação de flagrante e por ser réu-primário, com endereço fixo. Ele pode responder ao inquérito em liberdade.

“Ele se entregou, foi com o advogado e saiu pela porta da frente, como se nada tivesse acontecido”, disse a mãe.

Ela ficou ainda mais indignada com a situação quando foi revelado um áudio que Kauan enviou para um amigo, logo após o crime.

“Pera, vou falar uma fita para você. Acabei de atirar no Henrique e no Batatão, truta. Não sei seu eu acertei, mano. Mas vai dar ideia, meu. Papo reto”, disse o atirador.

BRIGA POR UMA GAROTA

A briga que levou à morte de Carlos Henrique teria sido causada pela atenção de uma garota. Carlos teria recebido uma mensagem da ex-namorada do amigo do atirador. O adolescente teria ficado com ciúmes e foi, junto com Kauan, cobrar satisfações. “O assassino comprou a briga”, disse a mãe.

No dia do crime, Carlos Henrique e três amigos andavam pela Cidade Nova quando foram surpreendidos por Kauan e um amigo de 16 anos. A vítima e os amigos foram perseguidos por cerca de 50 metros, e então aconteceu o ataque a tiros.

“No meio da conversa ele já sacou a arma e efetuou um tiro fatal no peito do meu filho, que não teve chance nenhuma. Pelo que fiquei sabendo, esse Kauan estava totalmente alterado. Ficava gritando e gritando”, disse Vanessa.

Dos seis envolvidos na tragédia, quatro são adolescentes. Kauan fugiu para não ser preso em flagrante. Durante a fuga, ele gravou o áudio que acabou chegando até os familiares.

“Meu filho não teve direito de nada. Por que o assassino do meu filho tem que ter direito? Ele não tirou a vida de um inseto. Ele tirou a vida do meu filho”, afirmou Vanessa.

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2 COMENTÁRIOS

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  • Francisco
    18/04/2024
    Concordo que tem que rever o código penal, mas isto não é exclusividade do governo atual. O ex presidente ficou 4 anos no poder e também não fez absolutamente nada neste sentido...
  • Carlos Vagner Pereira Dias
    18/04/2024
    As leis penais no Brasil já passou da hora de ser revistas. Está obsoleta e com esse (des) governo, a tendência é piorar cada vez mais. Só a título de observação, está para ser regulamentada a lei sobre as drogas (Matéria de hoje desse mesmo jornal). Hoje o marido mata a esposa, o namorado mata a namorada, o noivo mata a noiva e nada acontece. Mesmo elas tendo pedido uma \"Protetiva\", devido às leis ultrapassadas e com a certeza da impunidade, eles matam (e continuarão matando), porque sabem que nada os acontecerão. O prejuízo sempre sobra para às famílias e para a própria vítima.