Um acordo celebrado em dezembro de 2023 estabeleceu que esse montante será pago de forma parcelada, sem juros. O pagamento teve início em março de 2024 e se estenderá até o fim de 2025.

Além disso, no início de 2023, a Prefeitura havia firmado acordo para pagar à empresa, também de forma parcelada e também sem juros, R$ 28,154 milhões referentes a reajustes contratuais que não foram aplicados em 2021 e 2022. Nesse caso, o pagamento teve início no primeiro trimestre do ano passado e deve ser concluído até o fim de 2024.

DÍVIDA.
Até fevereiro de 2023, o custo mensal do contrato era de R$ 6,997 milhões. Em março, a Prefeitura autorizou reajuste de 30,25%, passando para R$ 9,114 milhões ao mês, sob a justificativa de que o contrato não havia sido reajustado nos dois anos anteriores.

Já em março, no entanto, a Prefeitura deixou de fazer o pagamento mensal à empresa, o que deu origem a essa dívida que fechou o ano em R$ 39,395 milhões.

A partir de agosto, a pedido da Prefeitura, o valor mensal do contrato foi reduzido para R$ 5,589 milhões, uma queda de quase 40%.

CORTE.
Com o corte no valor do contrato, foram reduzidos os serviços de coleta seletiva, poda de árvores, varrição manual de vias públicas, roçada manual e mecanizada, coleta de entulho manual e mecanizada, além da coleta de PEVs (Pontos de Entrega Voluntária). Além disso, foram suspensos os serviços de limpeza de boca de lobo, varrição mecanizada de vias, programa de conscientização ambiental, lavagem de vias e logradouros, tratamento, disposição e redução de massa, além da pintura de guias.

Em meio às dívidas e ao corte no contrato, a empresa demitiu ao menos 180 dos 500 funcionários.

A reportagem questionou a Prefeitura se há previsão de quando o contrato voltará ao patamar normal, com a regularização dos serviços que foram suspensos ou reduzidos. A administração municipal se limitou a responder que isso "está em avaliação".